Governo de Pernambuco estuda impactos do tarifaço e anuncia frentes de trabalho
Possíveis impactos do tarifaço nos setores produtivos do estado ainda estão em análise para tomada de medidas emergenciais
Publicado: 31/07/2025 às 22:04

Secretário da Fazenda do estado, Wilson de Paula (Foto: Ed Machado/Seplag-PE)
O governo do estado estuda os impactos do tarifaço nos setores produtivos do estado com as recentes mudanças do tarifaço no Brasil. A medida, que entrará em vigor no dia 6 de agosto, deve afetar as exportações de manga e uva do Vale do São Francisco e da cana-de-açúcar em Pernambuco.
Em nota divulgada ontem, o governo estadual afirmou que irá atual “em três principais frentes”. “A primeira é a disponibilização, via Banco do Nordeste do Brasil (BNB), de linhas emergenciais de crédito para os setores diretamente afetados, com condições especiais de carência, prazos e taxas”, informou. Serão ainda adotadas medidas compensatórias que incluem “incentivo à diversificação de mercados internacionais, a facilitação de acesso a países parceiros e políticas de apoio à exportação” e realizada a “proteção e promoção dos interesses dos setores produtivos do Nordeste brasileiro na interlocução com os Estados Unidos”.
Além disso, a governadora Raquel Lyra irá participar, ainda de acordo com o texto, da reunião dos governadores com o vice-presidente Geraldo Alckmin na próxima terça, em Brasília.
O secretário da Fazenda do estado, Wilson José de Paula, afirmou ontem que ainda não é possível mensurar quanto Pernambuco perderá com a aplicação do tarifaço.
“Teremos uma reunião em Brasília com o governo federal e a governadora estará presente, representando os interesses do estado. A partir disso é que teremos um cenário da efetiva implementação da taxa dos EUA. Sabemos da nossa responsabilidade nesse processo, mas devemos trabalhar em conjunto com o governo federal para poder fazer o enfrentamento dessa questão”, disse o secretário.
Sobre as possíveis medidas emergenciais do estado, o secretário avalia que ainda é cedo para detalhar medidas. Wilson de Paula destaca ainda que está na pauta do governo a análise dos dados de vendas dos produtos que serão exportados para os Estados Unidos e qual a capacidade do mercado interno.
“Vamos ter que avaliar o pescado ainda, item que ainda não temos o cenário, mas estamos com nesse horizonte de avaliar os principais produtos produzidos aqui, açúcar, manga e uva”, exemplifica.
FRUTAS
Em nota, a Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) afirma que seguirá acompanhado as negociações entre os governos dos dois países com a expectativa de um acordo que mantenha o mercado americano atrativo para as frutas brasileiras.
A Abrafutras também afirma que continua apoiando os seus associados na interlocução com os importadores americanos e com o governo brasileiro na busca de medidas que possam mitigar prejuízos.

