COLUNA

O metaverso já está entre nós

Publicado em: 06/01/2023 09:29

 (Foto: Freepik / Divulgação)
Foto: Freepik / Divulgação
Originalmente, metaverso foi um termo usado para se referir a uma realidade virtual, onde as pessoas poderiam se reunir para interagir como se estivessem no mundo real. O termo metaverso foi trazido em 1992 pelo escritor de ficção científica Neal Stephenson, em sua obra Snow Crash, descrito como um espaço coletivo virtual que simula a realidade.

Desde então, quando se fala de Metaverso, muitos o pensam como um lugar. Um mundo virtual como o proposto por Mark Zucherberg do Meta/Facebook, ou um game como Minecraft onde as pessoas jogam e interagem no mundo digital.

Eu entendo isso como apenas parte do todo. Eu vejo o Metaverso mais como o tempo que estamos vivendo do que um lugar propriamente dito. Penso o Metaverso sendo essa época atual onde nossa experiência está migrando do mundo físico para o digital. 

Antigamente, a humanidade se relacionava apenas no campo presencial. Com o aparecimento das TVs, computadores e celulares, nossas atenções foram divididas com as telas. O avanço tecnológico acelerado nas últimas décadas permitiu à humanidade fazer uso de uma variedade cada vez maior de dispositivos eletrônicos, comunicando-se e interagindo cada vez mais no mundo digital. A comunicação hoje se dá via redes sociais e chats, as compras são online, o trabalho é remoto, a música e o cinema estão nas telas e diversas outras interações já migraram para o meio digital.

Hoje, provavelmente ficamos metade do nosso tempo no mundo digital e não há indícios de que esse processo desacelere. Está claro que a tendência é aumentar e que as pessoas passem cada vez mais tempo usando dispositivos eletrônicos para realizar tarefas que antes eram feitas no mundo real. É como se já estivéssemos no Metaverso, só que essa nova realidade acabou de começar e não é tão simples saber para onde estamos indo. Mas é fato que, muito em breve, a nossa presença digital tomará mais do nosso tempo do que a presença física, e será nesse momento que o Metaverso fará mais sentido para todos.

Meu pensamento reverbera as reflexões do empreendedor Shaan Puri, que pensa o Metaverso como o futuro das experiências digitais. A visão de Puri é que o Metaverso não será apenas uma plataforma de entretenimento, mas também oferecerá aos usuários a possibilidade de criar e compartilhar experiências personalizadas, capaz de abrigar todos os tipos de experiências e interações, desde jogos, aplicativos de realidade aumentada, mídias sociais, entretenimento, entre outras, de maneira mais inclusiva e interativa.

Importante fazer um paralelo com a tecnologia dos NFTs, que terão grande participação nesse universo.
É natural que, se nossa presença for maior nesse ambiente digital, que os ativos digitais (obras de arte, jogos, cartões de acesso e outros itens virtuais) tenham mais valor do que os ativos físicos. 

Em suma, o conceito de Metaverso ficará cada vez mais relevante à medida que a tecnologia evolua, aprofundando ainda mais a conexão entre o mundo físico e o mundo digital, permitindo que as pessoas interajam de formas inovadoras e criativas. E assim como Shaan Puri, acredito que essa nova realidade, ainda que seja difícil de digerir, não deve ser vista como negativa. Se fizermos bem nosso trabalho, podemos entrar numa era de trocas de experiências e interações mais seguras, transparentes e inclusivas. 

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