DIARIO JURIDICO
Pros e contras de uma vida digital
Publicado em: 02/08/2023 14:49
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Foto: Freepik |
Atualmente, a tecnologia ganha cada vez mais relevância no cotidiano. Na sociedade informacional não há como se esquivar de utilizá-la. O mundo vem mudando com grande celeridade e muito do que conhecíamos não existe mais.
As plataformas de streaming entraram em cena e ganharam força escanteando as locadoras. Houve uma revolução na telefonia tradicional quando o WhatsApp ganhou espaço e se tornou irresistível e imprescindível. O Compact Disc (CD) deixou de fazer sentido quando o streaming de música passou a disponibilizar músicas ilimitadas em um único lugar. Os táxis tiveram que abrir espaço para os aplicativos de transporte privado.
As faculdades podem ser cursadas à distância, o atendimento médico se rendeu a telemedicina, e agora é possível ter uma consulta e se tratar sem sair de casa. As reuniões são online, o trabalho é remoto. As entregas já chegam por drone em muitos países, e os carros autômatos. A Amazon mudou nossa forma de comprar livros, que por sinal podem ser digitais.
Não é mais preciso ir a Bancos e ficar em filas para pagar boletos, contas de consumo ou o cartão de crédito, encontramos tudo na palma da mão no nosso Smartwatch. Lá também encontramos a nossa habilitação e até o documento do carro, já não precisamos de carteira, os cartões estão cadastrados na carteira digital, se o estabelecimento não aceitar cartão, é só passar um PIX.
Com tanta gente focada na tela, é mais fácil encontrar um par por aplicativo de relacionamento, fazer amizade pelas redes sociais e conversar por aplicativo de mensagem. Quem não tem rede social excluído está, será julgado e olhado com curiosidade e incredulidade.
Os jovens estão na rede, são mais de 22 milhões de jovens conectados, e isso traz uma série de perigos e preocupações para mães e pais. Jogos e desafios estão disponíveis incitando a curiosidade - dos já normalmente aventureiros e inconsequentes - adolescentes. É preciso ser vigilante! Em especial, em um país com pouca ou quase nenhuma educação digital.
As crianças já estão crescendo utilizando a Internet, já vi uma criança de 2 anos rejeitando uma chamada, afinal ela estava assistindo desenho animado no YouTube e não queria ser atrapalhada (só acreditei porque presenciei). A facilidade do entretenimento é uma faca de dois gumes, afinal quanto mais cedo nesse mundo, mais exposição ao risco. Porém, aparentemente, a chupeta também se modificou, e agora está no celular. Adultos expõem e compartilham fotos e vídeos diários das crianças, às vezes em excesso, sem saber que aquele conteúdo pode ser usado de forma prejudicial.
Atividades repetitivas estão a cargo de automações e a tendência é crescente. Profissões tradicionais precisaram se atualizar, se repaginar, sob pena de não acompanhar a sociedade contemporânea. Já existe o “advogado robô”, o “cirurgião robô”, e até “influencer robô”. A mais conhecida é a Lu do Magazine Luiza, ela tem atualmente 6,3 milhões de seguidores no Instagram e tem a conta verificada.
Milla Sofia também não existe, mas suas fotos são divulgadas nas redes sociais, fotos produzidas por inteligência artificial, e mesmo sabendo de sua natureza não humana, ela tem fãs que comentam suas postagens como se fosse.
Parece estranho, e é. Mas, o mundo mudou. É importante entender que não haverá retrocesso, os avanços serão constantes e cada vez mais céleres. Cabe a nós que estamos acompanhando essa transformação “pedalar para nem ficar para trás e nem cair da bike”, afinal, é como diz a célebre frase: “não é o mais forte, nem o mais inteligente que sobrevive, é o que melhor se adapta às mudanças”.
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