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"Compliance é vantagem competitiva", diz gerente do Esportes da Sorte

Carolina Luna afirma no IGI Expo que operadores que tratam compliance como checklist regulatório "estão dez passos atrás"

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Publicado: 19/11/2025 às 08:00

"Compliance, hoje, é vantagem competitiva para o futuro", declara Carolina Luna, gerente de Compliance do Esportes Gaming Brasil (Divulgação/Esportes da Sorte)

“Compliance, hoje, é vantagem competitiva para o futuro” Foi com essa declaração que Carolina Luna, gerente de Compliance do Esportes Gaming Brasil — grupo que detém o Esportes da Sorte — abriu sua participação no IGI Expo 2025, realizado na última quinta-feira (13), em São Paulo. Para a executiva, a evolução do mercado regulado exige que operadores abandonem a visão burocrática da conformidade e adotem uma cultura genuína de integridade.

Durante o painel “Prevenção à Lavagem de Dinheiro, Jogo Responsável e KYC: Obrigação Regulatória ou Peças-Chave para uma Indústria Sustentável?”, ela destacou que empresas que enxergam compliance apenas como obrigação legal tendem a perder competitividade.

“O operador que pensar que compliance é checklist regulatório está dez passos atrás. Integridade é o que garante confiança do apostador, previsibilidade ao regulador e sustentabilidade para o negócio”, afirmou.

Cultura interna e proteção ao jogador como pilares

Carolina reforçou que o compromisso do Esportes da Sorte com o jogo responsável antecede a regulação e foi construído como parte da identidade da empresa. Ela destacou que o grupo mantém políticas rígidas de prevenção ao comportamento de risco, começando pela decisão de não permitir que jogadores compulsivos permaneçam na plataforma.

Segundo a executiva, ações como a Semana Interna de Jogo Responsável — que envolve o treinamento dos 420 colaboradores —, a criação de uma célula especializada de atendimento a clientes vulneráveis e a instituição do primeiro Comitê Interno de Jogo Responsável demonstram a seriedade com que o tema é tratado.

A executiva ainda explicou que a empresa segue protocolos claros de bloqueio, intervenção e encaminhamento em casos que indiquem compulsão ou risco. “Essa cultura foi construída de dentro para fora. Jogo responsável não nasce como obrigação regulatória, mas como identidade do grupo”, afirmou.

Tecnologia própria para identificar perfis de risco

A gerente de Compliance também destacou o papel da tecnologia na integridade operacional. Além de ferramentas externas como o Bettor Sense, da Sportradar, o Esportes da Sorte desenvolveu internamente uma inteligência artificial própria para monitoramento de comportamento e transações.

Criada pelo CTO Ruy Connoly, a solução emite alertas em situações de padrões atípicos e aciona protocolos automáticos de cuidado, como regras de CLA e atendimento proativo. “Não queremos o jogador ludopata na plataforma. A tecnologia ajuda a proteger o consumidor, a empresa e a integridade do setor como um todo”, explicou.

Pacto nacional de jogo responsável

No encerramento, Carolina defendeu que o setor avance para além das exigências legais e construa um pacto nacional de jogo responsável que una operadores, fornecedores e o regulador.

Para ela, essa mobilização fortaleceria a imagem pública da indústria, ampliaria a proteção ao consumidor e elevaria o padrão de governança no país.

“Imagino um pacto real, com investimento em educação e compromisso conjunto. Não deveria ser utopia, mas caminho natural para um mercado sustentável”, finalizou.

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