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Tragédia

"Sorriso maravilhoso", diz profissional de escola sobre criança morta em incêndio causado pelo pai

Alice, de 7 anos, foi sepultada, nesta segunda (1º), com a mãe e os três irmãos, no Cemitério da Várzea, no Recife. Ela morreu carbonizada após o pai atear fogo na casa onde ela vivia

Adelmo Lucena

Publicado: 01/12/2025 às 17:06

Alexandre Batista Fernandes chegou a atuar na sala onde Alice estudava, no  Colégio Municipal dos Palmares/Adelmo Lucena/DP

Alexandre Batista Fernandes chegou a atuar na sala onde Alice estudava, no Colégio Municipal dos Palmares (Adelmo Lucena/DP)

A menina Aline Gomes, de 7 anos, morta em um incêndio causado pelo próprio pai no último sábado (29), na Avenida Caxangá, Zona Oeste do Recife, foi descrita por um profissional da escola onde estudava como uma menina com um “sorriso maravilhoso”. Ela foi sepultada junto com a mãe e os três irmãos na tarde desta segunda-feira (1º) no Cemitério da Várzea.

O profissional de Atendimento Educacional Especializado (AEE) Alexandre Batista Fernandes chegou a atuar na sala onde Alice estudava, no Colégio Municipal dos Palmares. Ele era chamado de “tio Pedro” pela menina.

De acordo com o ele, Aline era uma aluna aplicada. “Ela estava aprendendo muito a ler, se desenvolvendo bastante. Era cheia de energia e vivia correndo pelos corredores da escola. Tinha um sorriso maravilhoso e não dava trabalho. Se ela estivesse quieta, era porque estava doente, com certeza”, destacou.

Alexandre ainda disse que a mãe de Aline, Isabele Gomes de Macedo, de 40 anos, era responsável com a rotina escolar da filha.

“Alice estava sempre bem cuidada, sempre arrumadinha, muito organizada com os materiais. Tomava cuidado com tudo. Sempre bem vestida. Era visível o zelo da mãe com ela. A mãe, quando vinha à escola, sentava num cantinho, ficava esperando. Nunca se atrasava para buscar a filha. Às vezes, o pai vinha buscá-la. E o que mais surpreendeu a gente é que, ali na escola, ele não aparentava ser bravo com ela, nem nada”, relembra.

Ele ainda contou que Isabele demonstrava ser reservada. “Era pessoa quieta, na dela. Não era retraída demais, nem expansiva. Não se misturava com as outras mães. Parecia alguém realmente recolhida, mas eu não tinha contato direto com ela”, acrescenta.

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