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Alongamento ósseo devolve mobilidade para pessoas com deformidades

O procedimento corrige discrepâncias em membros superiores ou inferiores

Luíza Cabral Saraiva - Estúdio DP

Publicado: 25/11/2025 às 07:00

O médico André Souza explica que para que o

O médico André Souza explica que para que o "novo osso" se forme, é preciso estabilizar os fragmentos do osso operado (Rafael Vieira/DP Foto)

Dor, problemas de mobilidade e instabilidade, são apenas alguns dos sintomas causados quando um osso é maior que o outro (dismetria óssea).

A cirurgia de alongamento ósseo foi desenvolvida para corrigir discrepâncias a partir de 1,5cm entre os membros inferiores e 5cm em membros superiores, tratar deformidades ósseas ou sequelas de traumas, como a perda óssea traumática, e outras doenças que interrompam o crescimento ósseo e até mesmo para fins cosméticos.

O médico ortopedista subespecialista em reconstrução e alongamento ósseo do Hospital Jayme da Fonte, André Souza, explica como é realizada a cirurgia.

“Basicamente, faz-se um corte cirúrgico (corticotomia) no osso a ser alongado e, após 15 a 21 dias de recuperação, é iniciado um processo de separação ou afastamento controlado do osso tratado num ritmo entre 0,75 a 01 mm ao dia até chegar ao comprimento desejado”.

Para que o “novo osso“ se forme, é preciso estabilizar os fragmentos do osso operado. Para isso, são utilizados fixadores externos, que podem ser circulares, permanecendo circunferencialmente ao membro e os monolaterais, que ficam em apenas um dos lados deste.

Uma outra possibilidade é a implantação de hastes intramedulares que conferem maior conforto no processo de alongamento, um pós-operatório menos doloroso, melhor mobilidade das articulações adjacentes e menores índices de infecção superficial.

A infecção de trajeto dos pinos/fios nos fixadores externos, assim como as contraturas peri-articulares, são os principais riscos atrelados ao procedimento. O mais temido deles é a osteomielite (infecção óssea).

A operação ainda é contraindicada para os pacientes tabagistas e em membros que já foram submetidos a radioterapia, devido a fragilidade deixada pela radiação.

“O pós-operatório do alongamento ósseo varia de acordo com o local operado. Mas, no geral, é necessária a realização de acompanhamentos quinzenais e posteriormente mensais até o término do tratamento, sem falar da realização diária de fisioterapia motora e de acompanhamento psicológico”, explica o especialista.

Consolidado no Polo Médico do Recife, o segundo maior do Brasil, o Jayme da Fonte é um moderno complexo hospitalar com uma trajetória de sete décadas de funcionamento. A unidade conta com um centro de diagnóstico por imagem, urgência e emergência 24h em diversas especialidades, além de consultas ambulatoriais e um moderno centro cirúrgico equipado para procedimentos variados, entre eles os ortopédicos.

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