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Dia do Idoso faz alerta para cuidados de pessoas com mais de 60 anos

O Dia Nacional do Idoso é comemorado nesta quarta e chama atenção para os direitos e cuidados da população com mais de 60 anos

Luíza Cabral Saraiva - Estúdio DP

Publicado: 01/10/2025 às 08:00

"A longevidade não pode ser só "sobreviver mais", mas sim viver com dignidade, prazer e autonomia", explica a especialista (Marina Torres/DP)

Desde 2006, o Dia Nacional do Idoso é celebrado no 1º de outubro, mesma data do Dia Internacional da Pessoa Idosa, estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1990. O momento faz um convite a reflexão e reconhecimento da experiência e contribuição que os idosos trazem. “Celebrar o dia do idoso não é apenas homenagear, mas também chamar a atenção para os direitos, para o respeito e para o valor que essa fase da vida tem”, complementa Andréa Figuerêdo, médica geriatra do Hospital Jayme da Fonte.

Cerca de 15,6% da população tem 60 anos ou mais, segundo dados do Censo Demográfico de 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E, desde 2003, o Estatuto do Idoso garante a essa parcela da população o direito à saúde, mas, à medida que os anos passam, manter-se em boas condições vem com os seus próprios desafios, como o controle de doenças crônicas e a manutenção da independência.

“A qualidade de vida do idoso é multifatorial. Envolve saúde física, claro, mas também equilíbrio emocional, suporte social e sentido de propósito. Quando olhamos apenas para a ausência de doenças, deixamos de lado dimensões fundamentais como autonomia, engajamento em atividades significativas e relações de afeto. A longevidade não pode ser só “sobreviver mais”, mas sim viver com dignidade, prazer e autonomia”, explica a especialista.

Ter uma dinâmica familiar que favorece o sentimento de utilidade do idoso enquanto respeita as limitações provocadas pelo envelhecimento é uma forma de fugir da dependência. Porém, alguns sinais de alerta ainda permanecem: quedas, mesmo que pequenas, perda involuntária de peso, esquecimento frequente, alterações do comportamento, isolamento social, alterações do sono e desânimo persistente. Muitas vezes, o idoso e a família naturalizam esses sinais como reflexos do envelhecimento, mas eles podem indicar condições que, se tratadas precocemente, preservam qualidade de vida.

Por exemplo, a perda auditiva a partir dos 50 anos é um fator que deve ser investigado. Segundo Figuerêdo, esse é um dos principais fatores que aumentam os riscos do declínio cognitivo e orienta que a correção auditiva deva ser feita o quanto antes. “A interação social, o sentimento de utilidade e o controle da depressão, hipertensão, diabetes, aumento do colesterol e doenças cardíacas, também ajudam na questão mental”, finaliza.

Consolidado no Polo Médico do Recife, o segundo maior do Brasil, o Jayme da Fonte é um moderno complexo hospitalar com uma trajetória de sete décadas de funcionamento. Oferece acompanhamento especializado em geriatria, programas de prevenção, equipe multiprofissional e atenção diferenciada às necessidades desse público.

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