Caso Ester: criança morta em São Lourenço tinha machucados no rosto e vestia só a parte de cima da roupa, diz tio
José Augusto encontrou corpo da sobrinha, de 4 anos, em cacimba
Publicado: 21/10/2025 às 17:57

José Augusto, tio da menina Ester (Reprodução de vídeo/Crysli Viana)
A menina Ester, de 4 anos, encontrada morta em uma cacimba em São Lourenço da Mata, no Grande Recife, apresentava machucados nas pernas e no rosto, confirmou José Augusto, tio da criança e responsável por achar seu corpo, nesta terça-feira (21).
De acordo com o tio, que falou com a imprensa no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Cordeiro, Zona Oeste do Recife, Ester tinha marcas roxas nas pernas e um lado do seu rosto, assim como sua testa, estava inchado.
“A bochecha, não sei se do lado direito ou esquerdo, e a testa estavam muito inchadas, muito inchadas mesmo, tipo uma pancada muito forte dada na cabeça da criança, tá entendendo?”, relembrou.
“Quando o IML chegou, que foi botar ela num saquinho, deu pra ver mesmo que a cara dela estava muito inchada. Então, ele deve ter dado uma pancada nela para desmaiar, porque uma criança não ia ficar calada durante a noite”, declarou.
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Ainda segundo José Augusto, Ester estava vestida apenas com a parte de cima das roupas: “A parte de baixo ela não estava. Até então, a gente não sabe se eles violaram ela ou não, entendeu? Eu não sei explicar se eles tocaram nela, se eles abusaram dela, eu não sei”.
“A comunidade quer isso, que eles paguem pelo que eles fizeram, que esses caras não podem estar soltos no meio da rua não, tá entendendo? Que o Estado deixe eles presos para o resto da vida deles. Que ele fique lá e não saia para convívio da sociedade. Se fez isso com uma criança, pode fazer com qualquer outra pessoa”, desabafou.
Na área onde Ester foi encontrada, foram achados também objetos supostamente usados em rituais religiosos e um preservativo, informou o delegado Sérgio Ricardo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), poucas horas após a localização do corpo da criança, que estava de cabeça para baixo e dentro da água em uma cacimba de 3,7 metros de profundidade, em uma casa no bairro do Pixete.
Ainda segundo o delegado, não pode ser descartada a possibilidade de crime sexual. “Vamos fazer uma perícia complementar na cacimba, para saber se há algum objeto relacionado ao crime”, observou.
Protesto em frente a delegacia
O inquilino da casa onde está a cacimba e o proprietário da residência foram levados para prestar esclarecimentos na Delegacia de São Lourenço.
Segurando pedaços de madeira e aos gritos de "bota para fora", moradores da cidade se reuniram em frente a unidade policial para protestar e pelo menos uma viatura da Polícia Militar foi apedrejada.
Por causa do tumulto, a polícia decidiu ouvir a dupla no DHPP.

