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AGRESSÃO

"Não traz Alícia de volta, mas ele terá o que merece", diz família de menina espancada em escola após apreensão de suspeito

Um adolescente foi apreendido pela Polícia Civil nesta quinta-feira (11) em Floresta

Adelmo Lucena

Publicado: 11/09/2025 às 20:20

Apesar dos esforços médicos, Alícia Valentina teve morte cerebral confirmada pelo HR nesta segunda-feira (8) /Reprodução/Redes sociais

Apesar dos esforços médicos, Alícia Valentina teve morte cerebral confirmada pelo HR nesta segunda-feira (8) (Reprodução/Redes sociais)

Após a apreensão de um dos adolescentes suspeito de ter envolvimento no espancamento que levou à morte de Alícia Valentina, de 11 anos, a família da vítima declarou que a detenção não “traz Alícia de volta, mas ele terá o que merece”. O menino foi localizado próximo ao distrito de Nazaré, na zona rural de Floresta, a aproximadamente 46 quilômetros de Belém do São Francisco, onde ocorreu o crime.

O suspeito foi apreendido em uma ação realizada pela equipe da Delegacia de Belém de São Francisco, que cumpriu o mandado de internação provisória do menor de idade por ato infracional análogo ao crime de lesão corporal seguida de morte. Segundo a Polícia Civil, ele foi encaminhado para internação.

Uma familiar de Alícia disse que, com a apreensão de um dos suspeitos, há confiança de que ele será “punido”.

A defesa da família de Alícia Valentina afirmou que a expectativa é que o jovem seja transferido para ser internado em uma unidade do Recife e que a Justiça determine uma medida protetiva.

Segundo informações do Boletim de Ocorrência, Alícia foi espancada no banheiro da Escola Municipal Tia Zita por quatro meninos e uma menina no dia 3 de setembro. O motivo seria a recusa da vítima para “ficar” com um dos meninos. Parte da confusão foi registrada por uma câmera de segurança e as imagens mostram quando Alícia entra no banheiro e sai do local com a mão no ouvido e fala com uma funcionária da escola.

Ela aparece segurando o nariz e o ouvido, tentando estancar o sangramento. A menina foi encaminhada para um hospital, mas recebeu alta logo em seguida. Ela voltou a apresentar sangramento e foi levada para uma UPA pela mãe. Após passar pelo hospital de Salgueiro, foi transferida para o Hospital da Restauração, no Recife, onde foi confirmada a morte cerebral.

Alícia morreu por traumatismo craniano causado por objeto contundente, capaz de causar lesão por meio de força mecânica direta, como pressão ou impacto, sem ter uma ponta ou gume penetrante.

A defesa da família ainda espera que haja investigação sobre uma possível negligência médica, uma vez que Alícia foi transferida para um hospital a 500 km da cidade onde ela morava.

A princípio, o caso foi registrado como lesão corporal, mas a ocorrência foi retificada para lesão corporal seguida de morte. Uma tia de Alícia fez o registro, já que a mãe estava acompanhando a menina nos hospitais.

Agora, o Ministério Público de Pernambuco acompanha o caso e já solicitou informações à Prefeitura de Belém de São Francisco, que informou estar colaborando com as investigações.

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