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CASO ALÍCIA

Caso Alícia: Adolescente é apreendido suspeito de envolvimento na morte de menina agredida em escola

O adolescente foi localizado próximo ao distrito de Nazaré, na zona rural do município de Floresta

Diario de Pernambuco

Publicado: 11/09/2025 às 15:38

Apesar dos esforços médicos, Alícia Valentina teve morte cerebral confirmada pelo HR nesta segunda-feira (8) /Reprodução/Redes sociais

Apesar dos esforços médicos, Alícia Valentina teve morte cerebral confirmada pelo HR nesta segunda-feira (8) (Reprodução/Redes sociais)

Um adolescente foi apreendido pela agressão que levou à morte da menina Alícia Valentina, de 11 anos, confirmou a Polícia Civil de Pernambuco, nesta quinta-feira (11).

Segundo a corporação, a ação ocorreu por meio equipe da Delegacia de Belém de São Francisco, que cumpriu o mandado de internação provisória do menor de idade por ato infracional análogo ao crime de lesão corporal seguida de morte.

O adolescente foi localizado próximo ao distrito de Nazaré, na zona rural do município de Floresta, a aproximadamente 46 quilômetros de Belém do São Francisco, município onde ocorreu o crime.

De acordo com nota divulgada pela corporação, "após a apreensão foram feitas as comunicações legais, exame traumatológico, e o adolescente encaminhado para a internação." "A investigação segue em andamento", finaliza.

CASO ALÍCIA

As agressões ocorreram na quarta-feira (3), na Escola Municipal Tia Zita. O boletim detalha que Alícia foi interceptada no banheiro ou próximo dele, quando os colegas iniciaram as agressões.

O documento também cita como autor um dos meninos, cujo nome não pode ser divulgado por causa do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

De acordo com o boletim de ocorrência, quatro meninos e uma menina participaram das agressões. O relato de uma criança que testemunhou o ataque aponta que o espancamento começou porque Alícia se recusou a “ficar” com um dos colegas. No entanto, uma das tias da criança afirma que a motivação não foi confirmada oficialmente.

Depois do espancamento, a menina foi socorrida por funcionários da escola e levada ao hospital do município, onde recebeu medicação e foi liberada. Em casa, apresentou sangramento no ouvido. A mãe decidiu levá-la a um posto de saúde, mas, novamente, a filha foi liberada.

Horas depois, Alícia vomitou sangue e diante da gravidade dos sintomas, a mãe a levou ao Hospital Municipal de Belém do São Francisco. De lá, a criança foi encaminhada para o Hospital de Salgueiro, a cerca de 80 quilômetros, até ser transferida ao Hospital da Restauração, no Recife. No domingo (7), os médicos confirmaram a morte cerebral.

O caso foi inicialmente registrado como lesão corporal, mas a ocorrência foi retificada para lesão corporal seguida de morte. O registro foi feito pela tia de Alícia, já que a mãe acompanhava a filha nos hospitais.

O Ministério Público de Pernambuco instaurou procedimento administrativo para acompanhar o caso e pediu informações à prefeitura, que informou estar colaborando com as investigações.

Por meio de nota, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) lamentou o caso e destacou que a "escola tem o papel de ensinar e construir conhecimento, respeito, princípios de solidariedade, empatia, regras e disciplina na perspectiva da cidadania para o convívio em sociedade. Mas tem feito esse trabalho praticamente sozinha".

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