"Eu perdi minha filha para sempre. Agora eu só quero justiça", diz mãe de menina morta em escola

“Belém está de luto por ela. Todo mundo gostava da minha filha, era uma menina muito boa, de apenas 11 anos. Eu a perdi para sempre e não sei o que aconteceu. Agora eu só quero justiça, porque ela não vai mais voltar.” Desabafa a mãe de Alícia Valentina, que morreu no último domingo (7), no Hospital da Restauração (HR), no Recife, após ter sido espancada por colegas dentro do banheiro da Escola Municipal Tia Zita, em Belém do São Francisco, no Sertão de Pernambuco.

As agressões aconteceram na quinta-feira (4). Segundo relatos de testemunhas à mãe da vítima, pelo menos três adolescentes participaram da violência. Além dos golpes, Alícia foi empurrada e bateu a cabeça ao cair.

A menina chegou a ser atendida em uma unidade de saúde de Belém do São Francisco, mas foi liberada. À noite, ao retornar para casa, a mãe encontrou a filha caída no chão, ensanguentada. A criança foi levada para Salgueiro e, em seguida, transferida ao HR, no Recife, onde ficou internada em estado crítico por quatro dias, mas não resistiu.

“Eu tinha esperança que minha filha não ia morrer. Esse trauma na cabeça dela, eu não sabia. Lá em Belém não tem Raio-X para tirar. Só foi atendida, tomou injeção e foi liberada pra casa e pronto”, declara a mãe.

A direção da escola afirmou, em nota, que prestou a assistência necessária e comunicou que o Conselho Tutelar e a Secretaria Municipal de Educação acompanharão o caso.

O Hospital da Restauração confirmou a morte cerebral da menina por volta das 21h40 da noite do domingo (7).

A Polícia Civil informou que o caso é investigado pela Delegacia da 188ª Circunscrição de Belém do São Francisco. Um inquérito foi instaurado para apurar as circunstâncias do crime.