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Combate ao crime

Falso major da PM é preso em mansão por liderar quadrilha de extorsão e agiotagem 

Líder do grupo criminoso registrava patrimônio milionário em nome dos filhos para esconder rastros financeiros, segundo a Polícia Civil

Cadu Silva

Publicado: 08/09/2025 às 12:16

Falso major da PM é preso em mansão por liderar quadrilha de extorsão e agiotagem /Polícia Civil/Divulgação

Falso major da PM é preso em mansão por liderar quadrilha de extorsão e agiotagem (Polícia Civil/Divulgação )

Um homem que se apresentava como major da Polícia Militar e ostentava um patrimônio milionário foi preso durante uma operação da Polícia Civil de Pernambuco em um condomínio de luxo, no Paiva, no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife.

Conhecido como Charles Williams Carneiro da Cunha Silva, o “major”, é apontado como líder de um grupo criminoso que atuava há mais de 20 anos com agiotagem, extorsão e lavagem de dinheiro no Litoral Sul do Estado.

Os detalhes dessa ação foram repassados, manhã desta segunda-feira (8), Pelo delegado Ney Luiz, titular da Delegacia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.

Na operação, realizada na terça (2), também foram presos a ex-companheira do "major" Syntia Roberta da Cruz, investigada por tentativa de homicídio, e Williams César Ribeiro, responsável pelas cobranças, preso por porte ilegal de arma de fogo. Essas prisões aconteceram em Ipojuca.

Segundo a Polícia Civil, durante as buscas, a polícia apreendeu cerca de R$ 50 mil em espécie, uma pistola calibre 9 mm, dois simulacros de arma, uma camisa da Polícia Penal, uma Hilux 2025, um Jeep, e diversos bens tomados de vítimas. A Justiça ainda determinou o bloqueio de R$ 300 mil em contas vinculadas ao grupo.

 Como atuavam

Conforme as investigações, o esquema funcionava da seguinte forma: o grupo emprestava dinheiro a juros inicialmente baixos, mas quando as vítimas não conseguiam pagar, os valores eram inflados e os criminosos se apropriavam de carros, casas e até estabelecimentos comerciais.

Um dos casos identificados pela polícia, foi o de uma idosa de 70 anos. A filha dela contraiu uma dívida de R$ 6 mil, que chegou a R$ 50 mil.

Nesse caso, a família acabou perdendo uma casa avaliada em R$ 400 mil.

A Polícia Civil estima que o número de vítimas supere a centena e aponta também indícios de participação de policiais militares no esquema, responsáveis por fazer cobranças.

O patrimônio do líder, avaliado em cerca de R$ 10 milhões, inclui diversos imóveis registrados em nome dos filhos para dificultar o rastreamento financeiro.

Ainda de acordo com o delegado, os presos responderão por associação criminosa, extorsão, roubo, lavagem de dinheiro e agiotagem.

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