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Quadrilha cobrava R$ 10 mil de provedores de internet no Recife, diz polícia

Os criminosos também exigiam taxa de R$ 10 por mês

Mareu Araújo

Publicado: 05/09/2025 às 14:40

Delegado Paulo Gondim, Gestor DIM;Delegado Alaumo Gomes, Oitava DESEC./Foto: Divulgação/PCPE

Delegado Paulo Gondim, Gestor DIM;Delegado Alaumo Gomes, Oitava DESEC. (Foto: Divulgação/PCPE)

A quadrilha investigada por extorquir empresas de internet cobrava R$ 10 mil de cada provedor para não danificar os equipamentos e fios instalados no Ibura e no Jordão, na Zona Sul do Recife, segundo a Polícia Civil. Os criminosos também exigiam taxa de R$ 10 por mês dos moradores para que os serviços não fossem interrompidos.

O grupo foi alvo da Operação Free Provider, deflagrada na quarta-feira (3), após dois meses de investigação. Ao todo, seis mandados de prisão preventiva foram cumpridos. Apontado como líder do bando e integrante do Comando Vermelho (CV), Erison Francisco do Nascimento, conhecido como “Erison do Ibura”, continua foragido.

“O grupo agia na madrugada, quando existe uma carência de se efetuar um possível flagrante. Eles quebravam os maquinários dos provedores que não pagavam e iam de porta em porta cobrar os valores, que eram pagos em dinheiro”, diz o delegado Alaumo Gomes, da 8ª Delegacia Seccional de Polícia Civil (Desec).

Segundo a corporação, como os repasses eram feitos em espécie, não foi possível calcular o valor total extorquido de moradores e comerciantes até o momento. A Polícia também não soube informar há quanto tempo a quadrilha atuava no Recife.

Investigação

O Diario de Pernambuco apurou que a organização criminosa usaria uma empresa de fachada, chamada “Turbo Net”, e tentava monopolizar o serviço na região. Apontados como proprietários da empresa, os empresários Alexsandro Medeiros de Lima, o “Alex”, de 29 anos, e Luiz Carlos de Souza Lima Júnior, o “Mosquito”, de 30, foram capturados, no Ibura, durante a operação.

Os outros quatro alvos da operação foram: Dayvson Amorim, também chamado de “DVS”, de 29 anos, Ailton José de Santana Neto, conhecido como “Neto Perverso”, de 21, Wagner Gabriel Pereira da Silva, de 22 anos, além de um homem identificado como “Robson”. Eles são suspeitos de atuar na “linha de frente de ações violentas e de intimidação”.

 

Ao todo, 45 policiais civis foram empregados na ação. Na ocasião, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) também decretou o bloqueio de ativos financeiros no valor de R$ 100 mil dos investigados.

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