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Réu por estupros, Rodrigo Carvalheira é ouvido em audiência nesta segunda-feira (28)

Atualmente, existem três processos em curso contra Rodrigo Carvalheira. Outros dois - ocorridos desde 2006 - já prescreveram e outro mais recente foi arquivado pelo Ministério Público em Ipojuca. No caso desta segunda-feira (28), Carvalheira responde pelo estupro de uma mulher em 2019, a primeira a denunciá-lo.

Tatiana Notaro

Publicado: 28/07/2025 às 10:57

Um grupo de mulheres fez um ato em frente ao Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, no bairro de Joana Bezerra, no Recife. São vítimas, mães de vítimas e outras mulheres que se solidarizam./Foto: Crysli Viana/ DP Foto

Um grupo de mulheres fez um ato em frente ao Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, no bairro de Joana Bezerra, no Recife. São vítimas, mães de vítimas e outras mulheres que se solidarizam. (Foto: Crysli Viana/ DP Foto)

Réu por estupros, Rodrigo Dib Carvalheira, de 35 anos, está sendo ouvido em audiência na manhã desta segunda-feira (28), no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, no Recife, em um dos casos em que é acusado.

Um grupo de mulheres fez um ato em frente ao Fórum, localizado no bairro da Joana Bezerra, área central da capital pernambucana. São vítimas, mães de vítimas e outras mulheres que se solidarizam.

Atualmente, existem três processos em curso contra Rodrigo Carvalheira. Outros dois - ocorridos desde 2006 - já prescreveram e outro mais recente foi arquivado pelo Ministério Público em Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco.

No caso desta segunda-feira (28), Carvalheira responde pelo estupro de uma mulher em 2019, a primeira a denunciá-lo.

As vítimas relatam situações similares: estavam sob uso de álcool e/ou foram dopadas pelo réu. Carvalheira chegou a ser preso no ano passado por tentar atrapalhar as investigações.

Audiência em Junho

A defesa de outra vítima, que acusa Carvalheira de tê-la estuprado em 2012 e 2013, quando era menor de idade - notificou a Corregedoria do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) pela conduta do juiz Edmilson Cruz em audiência de instrução realizada em 16 de junho, na Vara da Criança e do Adolescente. 

Segundo a autora e sua advogada de defesa, o juiz Edmilson Cruz fez questionamentos indevidos e desrespeitosos à vítima e à sua testemunha (que também foi vítima de estupro pelo mesmo réu). Ele será notificado para que se defenda. A reportagem procurou pelo magistrado, mas não obteve retorno.

"Denunciar já é um ato de coragem. Aquele ambiente não foi de proteção, foi de mais violência. Houve revitimização das vítimas, coação. O magistrado perguntou se ela (a vítima) estava de calcinha, diminuindo e descredibilizando os relatos", resumiu.

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