Pnad: mais de 90% dos domicílios utilizam internet em Pernambuco
Uso da internet nos domicílios de Pernambuco aumentou 33% durante um período de oito anos
Publicado: 24/07/2025 às 14:28

Cabos de internet (MARCELLO CASAL JR/Agência Brasil)
O uso da internet nos domicílios de Pernambuco aumentou 33% durante um período de oito anos. Em 2024, 91,4% das residências do Estado utilizavam a internet, contra 58,4% registrados em 2016.
Os dados são da nova Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: Características de Tecnologia da Informação e Comunicação (Pnad TIC), divulgada nesta quinta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Enquanto o número de domicílios conectados à internet cresceu, o de residências com televisão sofreu uma queda, indo de 97,7% para 93,9% no mesmo período. O número absoluto de domicílios com televisão, no entanto, cresceu de 2.946 mil em 2016 para 3.420 mil em 2024, assim como o número de domicílios sem televisão, que passou de 68 mil para 221 mil no mesmo período.
A posse de microcomputador ou tablet também apresentou queda, de 37,0% para 28,0%. Já a presença de telefone em domicílios aumentou de 91,4% para 95,5%, impulsionada pelo uso do telefone móvel celular, que cresceu de 91,0% para 95,4%.
A utilização da internet por pessoas com 10 anos ou mais aumentou de 54,6% para 87,7%, com a banda larga fixa se tornando predominante na conexão de internet, subindo de 78,4% para 93,6%.
Na Região Metropolitana do Recife, a expansão do uso da internet em domicílios foi ainda mais marcante, atingindo 94,5% em 2024, em comparação com 68,7% em 2016.
Também foi registrada uma redução no percentual de domicílios com televisão, de 98,5% para 95,3%, e de microcomputadores ou tablets, de 47,4% para 38,5%. Já a presença de telefone cresceu de 96,7% para 97,7%, estimulada pelo telefone móvel celular (97,5% em 2024).
A utilização da internet por pessoas com 10 anos ou mais no Grande Recife alcançou 92,3% em 2024, e a conexão por banda larga fixa dominou, aumentando de 81,8% para 94,8%, com uma forte preferência pela combinação de banda larga fixa e móvel, que saltou de 46,9% para 81,1%.
Televisão
No estado de Pernambuco, a maioria dos domicílios com televisão recebia sinal de televisão aberta, seja analógico ou digital, com uma leve tendência de aumento entre 2022 e 2024.
Em 2022, 88,5% dos domicílios recebiam sinal, percentual que subiu para 89,0% em 2024. A proporção de domicílios que não recebiam sinal de televisão aberta também apresentou um crescimento, passando de 8,1% em 2022 para 9,4% em 2024.
Houve uma diminuição significativa na porcentagem de domicílios que não sabiam se recebiam sinal de televisão aberta, caindo de 3,4% em 2022 para 1,6% em 2024.
Na Região Metropolitana do Recife, a tendência é similar à do estado, com uma redução na porcentagem de domicílios com televisão. Em 2016, 98,5% dos domicílios na Região Metropolitana do Recife tinham televisão, e esse número decresceu para 95,3% em 2024.
A proporção de domicílios sem televisão na Região Metropolitana do Recife aumentou de 1,5% em 2016 para 4,7% em 2024. Em termos de números absolutos, os domicílios com televisão passaram de 1.275 mil em 2016 para 1.464 mil em 2024, enquanto os sem televisão foram de 20 mil para 73 mil.
Na abrangência da Região Metropolitana do Recife, a recepção de sinal de televisão aberta é quase universal, embora com uma ligeira redução. Em 2022, 98,5% dos domicílios com televisão recebiam sinal analógico ou digital, diminuindo para 98,0% em 2024.
A proporção de domicílios que não recebiam sinal de televisão aberta aumentou de 1,3% em 2022 para 1,7% em 2024. O percentual de domicílios que não sabiam se recebiam sinal de televisão aberta manteve-se muito baixa, com um leve aumento de 0,2% em 2022 para 0,3% em 2024.
TV por assinatura
Houve uma redução na proporção de domicílios com acesso a serviços de televisão por assinatura, em Pernambuco. Em 2016, 17,2% dos domicílios com televisão tinham acesso a esse serviço, mas em 2024 esse percentual caiu para 12,4%. Consequentemente, a proporção de domicílios que não possuíam acesso a esse serviço aumentou de 82,8% em 2016 para 87,6% em 2024.
Em termos de unidades, o número de domicílios com televisão por assinatura diminuiu de 506 mil em 2016 para 424 mil em 2024, enquanto os sem acesso aumentaram de 2.440 mil para 2.995 mil no mesmo período.
Na Região Metropolitana, a tendência de queda no acesso a serviços de televisão por assinatura foi ainda mais acentuada. Em 2016, 24,2% dos domicílios com televisão possuíam acesso a televisão por assinatura, e esse percentual diminuiu para 16,3% em 2024.
Como resultado, a proporção de domicílios sem acesso ao serviço de televisão por assinatura cresceu de 75,8% em 2016 para 83,7% em 2024.
O número absoluto de domicílios com televisão por assinatura na Região Metropolitana do Recife reduziu de 308 mil em 2016 para 239 mil em 2024, enquanto os sem acesso aumentaram de 967 mil para 1.225 mil.
Microcomputadores e tablets
Já com relação a microcomputador ou tablet, houve uma diminuição na proporção no estado. Em 2016, 37,0% dos domicílios possuíam algum desses dispositivos, caindo para 28,0% em 2024.
A posse de somente microcomputador diminuiu de 33,7% para 25,1%, enquanto a de somente tablet caiu de 13,3% para 9,1%. Domicílios com ambos os dispositivos também registraram queda, de 10,0% para 6,2%. Consequentemente, a proporção de domicílios sem nenhum desses dispositivos aumentou significativamente, passando de 63,0% em 2016 para 72,0% em 2024.
A tendência de redução na posse de microcomputadores ou tablets também foi observada na Região Metropolitana. Em 2016, 47,4% dos domicílios tinham microcomputador ou tablet, percentual que caiu para 38,5% em 2024. A posse de somente microcomputador diminuiu de 44,3% para 34,0%, e a de somente tablet reduziu de 17,2% para 13,9%.
Domicílios com microcomputador e tablet também apresentaram queda, de 14,1% para 9,4%. Em consonância com essa redução, a proporção de domicílios sem microcomputador nem tablet aumentou de 52,6% em 2016 para 61,5% em 2024.
Telefone
Em contrapartida, a proporção de domicílios com telefone aumentou de 91,4% em 2016 para 95,5% em 2024, impulsionada principalmente pela expansão do telefone móvel celular.
A posse de telefone fixo convencional diminuiu drasticamente, de 13,8% em 2016 para 2,4% em 2024. Em contrapartida, a existência de telefone móvel celular cresceu de 91,0% para 95,4%.
Domicílios com ambos os tipos de telefone também apresentaram redução, de 13,5% para 2,2%. Consequentemente, a proporção de domicílios sem telefone diminuiu de 8,6% para 4,5%.
Na Região Metropolitana do Recife, a presença de telefone também cresceu, de 96,7% em 2016 para 97,7% em 2024. Assim como em Pernambuco, a queda do telefone fixo convencional foi acentuada, passando de 24,8% para 3,9%. O telefone móvel celular, por sua vez, registrou um leve aumento de 96,3% para 97,5%.
A posse de telefone fixo convencional e telefone móvel celular apresentou uma queda significativa, de 24,4% para 3,7%. A proporção de domicílios que não possuíam telefone reduziu de 3,3% para 2,3%.
Quanto ao efetivo funcionamento do serviço de rede móvel celular para telefonia ou internet nos domicílios, em Pernambuco a proporção de domicílios onde o serviço de rede móvel celular funcionava aumentou de 80,6% em 2016 para 88,8% em 2024.
Consequentemente, a proporção de domicílios onde o serviço não funcionava diminuiu de 17,6% em 2016 para 10,4% em 2024. Isso indica uma melhoria na cobertura e/ou qualidade do serviço de rede móvel no estado.
Na Região Metropolitana do Recife, a situação do funcionamento do serviço de rede móvel celular é ainda mais favorável. A proporção de domicílios onde o serviço funcionava cresceu de 86,8% em 2016 para 93,7% em 2024. A porcentagem de domicílios onde o serviço não funcionava caiu de 12,5% em 2016 para 5,8% em 2024, demonstrando uma alta capilaridade e eficiência do serviço.
Rádio
Sobre a existência de rádio em Pernambuco, houve uma ligeira redução na proporção de domicílios com rádio. Em 2022, 58,2% dos domicílios possuíam rádio, e esse percentual desabou para 55,5% em 2024. Consequentemente, a proporção de domicílios que não possuíam rádio aumentou de 41,8% em 2022 para 44,5% em 2024.
Apesar da queda percentual, o número absoluto de domicílios com rádio aumentou de 1.976 mil para 2.019 mil, acompanhando o crescimento total de domicílios.
Na Região Metropolitana do Recife, a tendência é similar, com uma pequena contração na existência de rádio nos domicílios. Em 2022, 55,7% dos domicílios tinham rádio, e esse percentual diminuiu para 54,5% em 2024.
A proporção de domicílios sem rádio aumentou de 44,3% em 2022 para 45,5% em 2024. E o número absoluto de domicílios com rádio cresceu de 820 mil para 838 mil, indicando que, embora a proporção esteja diminuindo, o número total de domicílios com rádio ainda é expressivo.

