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Parte de estrutura de prédio abandonado desaba no Recife

Publicado em: 10/06/2022 15:56 | Atualizado em: 13/06/2022 08:53

 (Foto: Taylinne Barret/Arquivo DP)
Foto: Taylinne Barret/Arquivo DP
Parte da estrutura do Edifício Montreaux desabou na noite da quinta-feira (9), por volta das 22h30, no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife. O prédio abandonado fica localizado na Rua Alcides Codeceira, número 361. Moradores de prédios vizinhos afirmam que ouviram um grande estrondo e barulho de vidros quebrando quando a estrutura veio abaixo. Segundo a Defesa Civil do Recife, não houve vítimas.

Cerca de dois prédios e uma casa vizinhos ao edifício precisaram ser isolados e os moradores retirados de suas residências por medidas de segurança. Os moradores estão muito assustados e afirmam que o risco com o prédio é antigo e com as últimas chuvas agravaram os riscos de desabamento. 

“Com essa chuva de agora agravou muito. Este problema já está aí há 20 anos, é um descaso do poder público e dos órgãos competentes, porque não foram feitas vistorias e deixaram chegar a esse ponto”, afirma Ângela Marques, moradora de um dos prédios isolados.

Muitos moradores não têm para onde ir ou precisaram arrumar alternativas se abrigando em casas de parentes ou amigos. Contudo, há moradores como Glauco Guimarães, 60 anos, que decidiu permanecer na sua residência, mesmo com os riscos. “Ontem a noite uma parte do prédio veio abaixo, eu moro em uma área que é considerada mais perigosa, mas eu não tenho condições de sair. Moro aqui há 1 ano por ajuda de um amigo, mas não tenho para onde ir”, explica.

A prefeitura do Recife disponibilizou vagas no Abrigo Emergencial na Rua Travessa do Gusmão, localizado no bairro de São José, no Recife, para os moradores que precisaram deixar suas residências.

 
Em nota, a Caixa Econômica Federal se pronuniciou sobre o desabamento e esclareceu que o prédio não faz parte do patrimônio do banco.

Nota

Na qualidade de Administradora do Fundo de Compensação das Variações Salariais (FCVS), a CAIXA esclarece que o imóvel em questão foi objeto de decisão judicial no âmbito da extinta apólice pública do Seguro Habitacional, sem que, contudo, a propriedade do imóvel tenha sido transferia ao Fundo, que não possui personalidade jurídica, tendo em vista a sua natureza de fundo contábil.
 
 
Segue nota da Defesa Civil:


"A Defesa Civil informou que 13 famílias saíram para casa de parentes e não solicitaram assistência da Prefeitura e só poderão voltar para suas residências quando a segurança for restabelecida.

A Secretaria de Política Urbana e Licenciamento da Prefeitura do Recife acrescenta que, devido ao colapso estrutural, o imóvel onde houve o desabamento parcial está desocupado desde 2002, devido a uma decisão judicial.

Consta no Cadastro Imobiliário da Prefeitura do Recife que, dos vinte apartamentos, 12 estão em nome da Caixa Econômica Federal e oito em nome de pessoas físicas. Cabe aos proprietários realizar os devidos serviços de recuperação estrutural."


Até o momento, não há um prazo sobre quando será feita a demolição do prédio ou quando as famílias poderão retornar as suas residências.

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