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Política
Julgamento

Dino destaca que crimes da trama golpista são "insuscetíveis de anistia"

O ministro do STF ainda destacou que nunca a anistia foi feita em proveito dos altos escalões de poder

Mariana de Sousa

Publicado: 09/09/2025 às 16:52

Ministro Flávio Dino em sessão plenária do STF.    / Foto: Rosinei Coutinho/STF

Ministro Flávio Dino em sessão plenária do STF. ( Foto: Rosinei Coutinho/STF)

Durante seu voto, nesta terça-feira (9), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino afirmou que não cabe anistia aos crimes imputados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete réus na trama golpista.

“Esses tipos penais tem algumas outras características que são importantes as menciono para justificar a a conclusão a qual chegarei. Esses tipos penais são insuscetíveis de anistia, de modo inequívoco. Nós tivemos já muitas anistias no Brasil, certas ou não, não nos cabe esse juízo", apontou o ministro.

Dino destacou que Supremo não seria um tribunal “da história”, ou do “direito positivo” aos fatos concretos existentes e nunca a anistia foi feita em proveito dos altos escalões de poder.

“Nunca a anistia se prestou a uma espécie de autoanistia de quem exercia o poder dominante. E o nosso plenário já teve a oportunidade de se pronunciar sobre isso, quanto ao descabimento de anistia. E faço essas observações para nós compreendermos os tipos penais que nós estamos tratando”.

O ministro ainda reiterou que os crimes que os acusados do núcleo 1 são acusados, já foram declarados pelo plenário do Supremo Tribunal Federal como “insuscetíveis de indulto, anistia, portanto, dessas condutas políticas de afastamento ou distinção da punibilidade’.

A direita que defende Bolsonaro e os demais réus pede a anistia dos acusados pelos crimes que são julgados no Supremo Tribunal Federal.

Na primeira sessão desta terça (9), o ministro Alexandre de Moraes votou pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos outros sete réus pela trama golpista. O julgamento do chamado núcleo 1, composto pelos supostos líderes do golpe, segue agora para votação da Primeira Turma da Suprema Corte.

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