No Recife, Grito dos Excluídos reforça mensagem contra anistia a golpistas no 7 de setembro
A programação do ato também integra o Plebiscito Popular 2025, que defende a redução da jornada de trabalho sem corte salarial e a taxação dos super-ricos
Publicado: 07/09/2025 às 11:36

Grito dos Excluídos 2025 (Foto: Crysli Viana/ DP Ftoto)
O Grito dos Excluídos e Excluídas ocupa as ruas do Recife neste 7 de setembro, data que celebra a Independência do Brasil, com o lema “A vida em Primeiro Lugar”. A 31ª edição da mobilização realizada por sindicatos, organizações da sociedade civil e partidos políticos da esquerda, teve início no Parque Treze de Maio, às 9h, e defende bandeiras como o enfrentamento da crise climática e a reafirmação da democracia e da soberania nacional.
Em todo o país, atos em cerca de 40 cidades brasileiras acontecem em pelo menos 23 estados para defender a soberania do País e se posicionar contra a anistia aos envolvidos na trama golpista.
A senadora Teresa Leitão (PT) participou do ato no Recife e reforçou a mensagem contra qualquer movimento em favor da "anistia a golpistas".
“O Grito dos Excluídos já é uma tradição de resistência, e esse ano ganha junto ao 7 de setembro um significado muito importante que é a defesa da democracia. Mais do que nunca [é] a luta pela soberania nacional e uma mobilização para impedir qualquer movimento em favor da anistia a golpistas. Sem anistia para golpistas”, afirmou.
A caminho do ato, o deputado estadual João Paulo (PT) destacou, em suas redes sociais, a importância de celebrar a independência junto à defesa da soberania nacional e da democracia:
“Um dia bastante significativo. Do ponto da simbologia nacional, é proclamado muito como a independência. Queremos a soberania nacional, a democracia, mas também o momento de celebrar todos aqueles que deram sua vida para ter uma pátria livre. E a nossa luta também é para que essa independência venha com mais emprego, mais saúde, mais moradia, mais educação. Viva a independência do Brasil e a emancipação do proletariado”.
A programação do ato também integra o Plebiscito Popular 2025, que propõe a redução da jornada de trabalho sem corte salarial e o fim da escala 6×1, além de medidas de justiça tributária como isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil e a taxação dos super-ricos.
Para Sandra Gomes, que faz parte da coordenação do Grito, a mobilização reafirma seu papel histórico como movimento de resistência:
“Desde 1995 que a gente vem às ruas chamando a população para gritar pela educação de qualidade, por saúde, por habitação, para que as pessoas possam realmente ter uma participação efetiva na sociedade. O grito consegue aglutinar diversas entidades, partido político, igreja, essa é a importância dele”, destacou.

