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Política
Julgamento de Bolsonaro

Defesa: "Não há uma única prova" de que Bolsonaro participou de golpe

O advogado de Jair Bolsonaro argumenta que as acusações se baseiam apenas na delação do tenente-coronel Mauro Cid, que não seria confiável

Guilherme Anjos

Publicado: 03/09/2025 às 12:08

Advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Celso Vilardi/Foto: Gustavo Moreno/STF

Advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Celso Vilardi (Foto: Gustavo Moreno/STF)

O advogado Celso Vilardi, defensor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que “não há uma única prova” de que o ex-mandatário tenha participado de uma tentativa de golpe contra o Estado Democrático de Direito. O então chefe do Executivo é um dos réus no julgamento do núcleo 1 da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (3).

“Não há uma única prova que atrele o presidente ao Punhal Verde e Amarelo, à Operação Luneta e ao 8 de janeiro. Aliás, nem o delator, que eu sustento que mentiu, chegou a dizer ‘participação em Punhal, em Luneta, em Copa, em 8 de janeiro’. Não há uma única prova”, afirmou.

“O presidente, a quem estou representando, foi dragado para estes fatos. Vou demonstrar cuidadosamente que ele não atentou contra o Estado democrático de direito. E não há uma única prova”, complementou Vilardi.

O advogado argumenta que as acusações se baseiam apenas na delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-assistente de ordens de Bolsonaro. Vilardi acusa o militar de não ser confiável devido às contradições e omissões registradas no relatório do Ministério Público, além de ter vazado informações da colaboração.

“Um processo com base em uma delação e em uma minuta encontrada no celular de uma pessoa que hoje é colaboradora da Justiça. Esse é o epicentro do processo. Daí em diante, o que aconteceu com a investigação da Polícia Federal e com a denúncia do Ministério Público é uma sucessão inacreditável de fatos”, disse o defensor.

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