Mais Médicos: Ministro da Saúde critica sanções impostas pelos EUA a integrante da equipe
A entrevista dobre as sanções impostas a Mozart Sales foi concedida em Goiana, na Zona da Mata Norte, durante a inauguração de uma unidade da Empresa Brasileira de Hemoderivados (Hemobrás)
Publicado: 14/08/2025 às 12:40

(Reprodução)
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, falou sobre as sanções impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao secretário da pasta, Mozart Sales, que é o braço-direito dele.
Padilha veio a Pernambuco para acompanhar as agendas do presidente Lula (PT).
A entrevista foi concedida em Goiana, na Zona da Mata Norte, durante a inauguração de uma unidade da Empresa Brasileira de Hemoderivados (Hemobrás).
Segundo Padilha, ataques não vão fazer o Brasil desistir do PIX ou do programa Mais Médicos.
O Programa Mais Médicos, por sinal, foi uma das alegações do governo Trump para impor as sanções a Sales, na quarta (13).
“Nenhum ataque, seja no Brasil, muito menos de fora, vai fazer com que a gente abra a mão do PIX e do Mais Médicos. São patrimônio do povo brasileiro. Eu estou acostumado a sofrer muitos ataques de inimigos da saúde desde a criação do Mais Médicos", declarou.
Ainda segundo o ministro,. Quem tem história de tacar a saúde é o presidente Trump e o governo dos Estados Unidos, que começou o ano perseguindo cientistas que desenvolvem vacinas e depois cancelando contratos com empresas americanas que as produzem.
Padilha lembrou também que Trump cortou recursos da Organização Mundial de Saúde para compra de medicamentos para o HIV, para vacinas.
“Agora, ele faz um ataque a um programa internacionalmente reconhecido, que é o Mais Médicos", acrescentou.
Padilha sobre o evento
"A partir de hoje, o Brasil consolida a sua soberania para a produção de medicamentos, que são os medicamentos mais modernos e mais procurados no mundo, que são todos medicamentos que derivados do sangue humano. Nós estamos consolidando hoje a entrega de um fator, de um tipo de medicamento recombinante, fruto de engenharia genética"
"Toda a entrega que está sendo feita, já certificada pela Anvisa, certificada internacionalmente, do fator recombinante que é uma tecnologia de engenharia genética que pode ser utilizada para outros produtos sendo feito aqui na Hemobras, não apenas os medicamentos para coagulação, para quem sofre de problemas de coagulação, como os hemofílicos. Mas a fábrica que nós estamos entregando hoje permite produzir outros tipos de medicamentos que saem do sangue. Medicamentos que são utilizados em UTIs, que são utilizados para a defesa do corpo diante de tratamentos do câncer, de várias doenças. A Hemobras, além de entregar esses dois produtos, passa a deter toda a tecnologia"
"Isso só acontece por decisão de dois pernambucanos que se juntaram lá em 2003, o presidente Lula e o então ministro da Saúde, senador Humberto Costa, que tomaram a decisão de trazer essa fábrica, a produção para cá. Quem é de Pernambuco sabe, durante todos esses anos, muita gente tentou tirar essa fábrica de Pernambuco, do Nordeste brasileiro, e ela só não saiu por conta da luta dos pernambucanos, da bancada federal, da bancada do Senado, e por conta da volta do presidente Lula".
Padilha reforça soberania
"Pode haver pandemia em qualquer lugar, guerra em qualquer lugar, podem inventar tarifa. Nada vai abalar a produção da Hemobras para garantir a saúde do povo brasileiro e o tratamento do povo brasileiro. E eu quero passar para dizer do quanto isso aqui significa de soberania, o S da soberania da nossa nação. porque a pandemia mostrou que a maior soberania de um país é ele poder cuidar do seu povo em qualquer momento, que possa ter garantia dos serviços da saúde, dos insumos da saúde, o país não ter dependência de outro para garantir esse tratamento"
Discurso
Em seu discurso, durante a solenidade, Padilha falou sobre a questão da soberania nacional.
""Pode haver pandemia em qualquer lugar, guerra em qualquer lugar, podem inventar tarifa. Nada vai abalar a produção da Hemobras para garantir a saúde do povo brasileiro e o tratamento do povo brasileiro. E eu quero passar para dizer do quanto isso aqui significa de soberania, o S da soberania da nossa nação. porque a pandemia mostrou que a maior soberania de um país é ele poder cuidar do seu povo em qualquer momento, que possa ter garantia dos serviços da saúde, dos insumos da saúde, o país não ter dependência de outro para garantir esse tratamento".

