Eduardo Bolsonaro prevê nova onda de sanções dos EUA ao País por julgamento de Bolsonaro
Em entrevista, Eduardo Bolsonaro afirmou que os EUA devem intensificar pressão contra o STF
Publicado: 11/08/2025 às 11:38

Eduardo Bolsonaro (SAUL LOEB / AFP)
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta segunda-feira, 11, em entrevista ao Financial Times, que os Estados Unidos devem intensificar a pressão contra o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, impondo novas sanções a ministros que não encerrem o julgamento de seu pai, Jair Bolsonaro, réu acusado de coordenar um golpe de Estado. Eduardo lidera uma campanha de lobby em Washington para que os EUA tomem medidas contra a corte brasileira para evitar uma eventual prisão do ex-presidente.
"Eu sei que Trump tem uma série de possibilidades sobre a mesa, desde sancionar mais autoridades brasileiras, até uma nova onda de revogação de vistos, até questões tarifárias", disse Eduardo ao FT. Segundo ele, Washington deve ampliar penalidades após o governo americano já ter aplicado sanções ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo processo.
Eduardo Bolsonaro afirma que "Moraes queimou todas as suas opções" e que o presidente dos EUA, Donald Trump, "ainda não. Trump ainda tem a opção de dobrar sua aposta com base na reação de Moraes". Entre as possíveis retaliações, ele cita a chance de sanções contra a esposa de Moraes, "que é seu braço financeiro", além de revogação de vistos a aliados do ministro. A ameaça de retaliações já havia sido estendida a aliados de Moraes na semana passada, em publicação feita pela Embaixada dos EUA no Brasil.
Ao FT, o deputado destacou ainda que pretende ainda levar o tema à Europa para pressionar por sanções contra a corte brasileira no Parlamento Europeu. "Eu quero levar as sanções dos EUA à atenção dos parlamentares europeus para que ele possa ser sancionado lá", afirmou.
Apesar das críticas internas, que acusam sua campanha de prejudicar exportações e empregos no Brasil, Eduardo defende que sua atuação visa "salvar a democracia" e admite estar preparado para "as pessoas da esquerda que possam me insultar e criticar".

