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Política
TORNOZELEIRA

Bolsonaro já declarou se sentir como "presidiário sem tornozeleira" quando era presidente

Ex-presidente colocou tornozeleira eletrônica nesta sexta-feira (18) por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes

Diario de Pernambuco

Publicado: 18/07/2025 às 17:26

O ex-presidente Jair Bolsonaro./Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

O ex-presidente Jair Bolsonaro. (Foto: Saulo Cruz/Agência Senado)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já declarou se sentir como um "presidiário sem tornozeleira eletrônica" quando estava no Palácio da Alvorada. A fala ocorreu em abril de 2022, durante um encontro com evangélicos em Cuiabá-MT, quando ele era presidente da República.

Nesta sexta-feira (18), por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão e medidas cautelares contra Bolsonaro. Entre as determinações do STF, estão uso de tornozeleira eletrônica, veto ao uso de redes sociais e proibição de sair de casa entre 19h e 6h e durante o final de semana.

"Por melhor que seja a residência onde eu esteja, o Palácio da Alvorada, com tudo que se possa imaginar, o silêncio e a solidão é ensurdecedora. Muitas vezes me sinto ali um presidiário sem tornozeleira eletrônica", declarou o então presidente em 2022, comentando as dificuldades da função.

"Cada um de nós tem a sua cruz. Sabendo quem é o Senhor, nós vencemos qualquer obstáculo", disse ele no mesmo evento. "Mais uma vez eu agradeço a Deus pela minha vida e pela missão de estar à frente do Executivo Federal, e, se esta for a vontade dele, nós continuaremos nesse objetivo, que não é fácil".

 

Sanções estrangeiras

Na decisão desta sexta-feira, Moraes declara que Bolsonaro estaria atuando de forma deliberada e ilícita para conseguir sanções estrangeiras contra agentes públicos no País.

Ele e o filho Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos, são acusados de “atentar contra o Estado de Direito, o regime democrático e o funcionamento dos Poderes”. Segundo o STF, os dois estariam “instigando e auxiliando os Estados Unidos na prática de atos hostis contra o Brasil”, com o objetivo de conseguirem o arquivamento ou extinção da ação penal, que investiga a tentativa de golpe.

O ex-presidente conversou com a imprensa após a colocação da tornozeleira. Ele classificou a medida como "suprema humilhação".

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