Trump encerra investigações por assassinatos de pessoas negras
Departamento de Justiça dos EUA comunicou a remossão dos processos por violência policial iniciados após os assassinatos de George Floyd e Breonna Taylor em 2020
Publicado: 21/05/2025 às 21:09

Protestos do movimento "Vidas Negras Importam" (Foto: Johannes Eisele/AFP)
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou, nesta quarta-feira (21), a retirada dos processos por violência policial apresentados após os assassinatos de pessoas negras que tiveram ampla repercussão em 2020.
As investigações, iniciadas pelo governo do ex-presidente Joe Biden (2021-2025), foram iniciadas por conta dos casos de George Floyd, em Minneapolis (Minnesota), e Breonna Taylor, em Louisville (Kentucky), ambos afro-americanos, cujas mortes causadas pela polícia provocaram protestos maciços.
O Departamento de Justiça (DoJ), agora sob a presidência de Donald Trump, afirmou em um comunicado nesta quarta-feira o início do processo de arquivamento das ações contra os departamentos de polícia de Louisville e Minneapolis.
Esses processos "equiparavam equivocadamente disparidades estatísticas com discriminação intencional e se baseavam, em grande medida, em metodologias defeituosas e com dados incompletos", afirmou.
O atual DoJ considerou que as reformas derivadas das investigações vão além das acusações de discriminação e uso excessivo da força.
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O advogado especialista em direitos civis, Ben Crump, disse que a decisão era "uma tapa na cara dos familiares de George Floyd, Breonna Taylor [...] e de cada comunidade que suportou o trauma da violência policial e das falsas promessas de responsabilização".
"O DoJ está tentando distorcer a verdade e contradizendo os princípios que regem a Justiça", afirmou Crump em comunicado.
Além dos processos envolvendo Louisville e Minneapolis, o DoJ pretende revisar as investigações sobre uso excessivo da força por parte da polícia em outras cinco cidades, entre elas Phoenix e Memphis, bem como no estado da Louisiana.

