TEATRO

Espetáculo de Natal da Cia Capibaribe de Dança passeia pelas tradições nordestinas

Publicado em: 15/12/2020 14:01 | Atualizado em: 15/12/2020 14:11

Com 45 anos de experiência, a companhia precisou adaptar a performance para o meio virtual e contará com dez bailarinos e cinco atores em cena (Foto: Antônio Albuquerque/Divulgação)
Com 45 anos de experiência, a companhia precisou adaptar a performance para o meio virtual e contará com dez bailarinos e cinco atores em cena (Foto: Antônio Albuquerque/Divulgação)

As tradições do ciclo natalino no Nordeste serão revisitadas no espetáculo #PartiuNatalNoNordeste, da pernambucana Cia Capibaribe de Dança, o antigo Grupo Folclórico de Moreno, que estreia hoje e faz nove apresentações, até o dia 23, sempre às 20h. Com dança, teatro e música, a exibição será realizada no canal do evento no YouTube, com acesso gratuito.

Com texto do diretor Roberto Oliveira, o enredo acompanhará as férias de fim de ano da família gaúcha Schmidt no Nordeste. Acompanhados por guias locais, pai, mãe e filhos são apresentados a tradições do ciclo natalino. Na primeira parada, no Maranhão, conhecem o colorido do bumba meu boi. No Ceará, eles se envolvem com o coco praieiro e a Folia de Reis. Em Alagoas, a família entra em contato com as espadas do Guerreiro, e encerram o passeio em Pernambuco, aproveitando os passos enérgicos do cavalo-marinho, a simbologia poética do pastoril e o frevo, antecipando o carnaval.

“O ciclo natalino é um dos mais importantes dos festejos do nosso calendário, colocando o Nordeste em destaque devido à riqueza cultural dos seus folguedos, autos e danças populares. É uma das mais belas festas da cristandade, um jeito próprio de celebrar o nascimento de Jesus e renovar a esperança em um mundo melhor”, diz Roberto Oliveira, diretor, cenógrafo e coreógrafo do espetáculo.

A companhia precisou adaptar a performance e contará com dez bailarinos, seis músicos, dois backing vocals e cinco atores em cena. “Montar, manter um número mínimo de artistas sem comprometer a performance, tudo isso é um trabalho difícil. Não é como era, mas é como deve ser”, afirma o diretor.

Com mais de 45 anos, a Cia já se apresentou na Espanha, França, Itália, Portugal e Uruguai, e precisou suspender as atividades na pandemia. “Ver todas as casas fechadas e as companhias de recesso deixa nosso coração abalado, mas isso faz a gente arrumar um jeito de chegar até mais perto das pessoas. Só a arte salva.”
Os comentários abaixo não representam a opinião do jornal Diario de Pernambuco; a responsabilidade é do autor da mensagem.
MAIS NOTÍCIAS DO CANAL