Música André Mussalem faz pocket show no Recife e critica mudanças no MinC: Equívoco do novo governo Cantor sobe ao palco do teatro da Livraria Cultura do Shopping RioMar nesta sexta-feira (3)

Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco

Publicado em: 02/06/2016 17:54 Atualizado em: 02/06/2016 19:55

André Mussalem "desafia" Cartola em música do novo disco. Foto: Beto Figueiroa/Divulgação
André Mussalem "desafia" Cartola em música do novo disco. Foto: Beto Figueiroa/Divulgação

As últimas cinco décadas de Música Popular Brasileira, passando do samba de Chico Buarque e Cartola à Tropicália de Gil e Caetano, são as principais influências do cantor André Mussalem em seu mais recente trabalho, No morro da minha cabeça.

Confira o roteiro de shows do Divirta-se


O repertório do álbum será apresentado em pocket show nesta sexta-feira (03), às 20h, na Livraria Cultura do Shopping RioMar (Pina).

As influências, aliás, permeiam todas as composições do álbum, até o design gráfico. A capa retrata objetos de paixão de Mussalem, como uma camisa do Sport e LP do já citado Cartola.

O ídolo é de certa forma "desafiado" na canção Desalvorada, definida por Mussalém como uma resposta à Alvorada do mestre.

Com entrada gratuita, serão disponibilizados 186 vagas. Em entrevista ao Viver, André explicou o processo de composição do novo álbum e opinou sobre o cenário político atual.

Entrevista >> André Mussalem


Como nasceu a ideia do novo album?

Este disco é um passeio pelas diferentes fases da Música Popular Brasileira. Eu quis passar justamente esse sentimeno, abordar a criação da nossa identidade através da música. É uma coisa do povo, a malandragem, a alegria, tudo isso é traduzido na nossa música.

Quais artistas influenciaram o seu som?

Chico e Cartola são meus ídolos. É um disco de samba, só que não aquele samba de Partido Alto, que eu também adoro. Mas eu gosto de tudo, com certeza bebo muito da geração que veio depois da Bossa nova. Gil, Caetano...

O disco foi gravado de forma independente?

Sim, o que acontece é o seguinte: por mais que os editais e apoios do poder público sejam importantes, eu já vi amigos atrasarem projetos por causa de burocracia. Acaba sendo nocivo à arte ficar postergando e postergando...

E o que você acha das recentes mudanças no Ministério da Cultura?

Infelizmente, é algo muito simbólico. Quando um governo como esses, com forte inclinação à direita, assume o poder, era natural que a cultura fosse uma das áreas mais afetadas. Não tenho dúvida que a extinção do Ministério não foi por questões financeiras, mas ideológica. E se o MinC voltou, foi por causa da pressão popular, de artistas que estão em evidência.

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