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Festival Pernambucano Big Jato fatura cinco prêmios no FestBrasília, inclusive Melhor Filme Diretor Claudio Assis foi vaiado novamente na cerimônia de premiação

Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco

Publicado em: 22/09/2015 23:06 Atualizado em: 23/09/2015 09:29

Cláudio Assis ganhou vaias e prêmios no Festival de Brasília. Foto: Rodrigo Nunes/Esp. CB/D.A Press
Cláudio Assis ganhou vaias e prêmios no Festival de Brasília. Foto: Rodrigo Nunes/Esp. CB/D.A Press


Nem mesmo a polêmica e as vaias e a para o cineasta Claudio Assis foram suficientes para ofuscar o brilho de Big Jato no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Em cerimônia realizada na noite desta terça-feira, o longa-metragem pernambucano terminou a festa como o grande vencedor, com cinco prêmios: Melhor Filme, Ator (Matheus Nachtergaele), Atriz (Marcélia Cartaxo), Roteiro (Hilton Lacerda e Ana Carolina Francisco) e Trilha Sonora (DJ Dolores).

Nathália Tereza venceu o candango de melhor diretora pelo curta-metragem A outra margem (ganhador ainda do prêmio da crítica). Havia 20 cineastas em competição, mas apenas duas muheres (a outra era a pernambucana Marja Calafage, de Tarântula). 
 
Ao subir ao palco para receber o prêmio de Melhor Filme e de Melhor Roteiro (assinado por Hilton Lacerda e Ana Carolina Francisco), Assis foi vaiado novamente por parte da plateia, que o chamava de machista. O cineasta, no entanto, perdeu o troféu de direção para Aly Muritiba, de Para minha amada morta, que faturou mais cinco estatuetas.

Outros destaques da cerimônia foram o mineiro Quintal (melhor curta-metragem), de André Novais, e o longa (também mineiro) A família Dionti (Júri Popular).

Big Jato mostra a história de Francisco, menino que passa os dias a acompanhar o pai (Matheus Nachtergaele) no trabalho, ou melhor, nas estradas. O homem é motorista do imponente Big Jato, um caminhão-pipa utilizado para limpar as fossas da cidade sem saneamento básico. Mas o garoto está mais interessado nas ideias do tio, um artista libertário e anarquista. À medida que descobre o primeiro amor, Chico percebe a vocação para se tornar poeta.

O diretor pernambucano Claudio Assis já tem um histórico de vitórias no Festival de Brasília. Em 2003, seu polêmico Amarelo manga saiu da premiação com o troféu de Melhor Filme. Em 2006, foi a vez de Baixio das bestas repetir o feito.

PRÊMIOS - 48º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro
 
FILME DE LONGA METRAGEM Júri Oficial

Melhor Filme de longa metragem - R$ 100.000,00
Big Jato, de Cláudio Assis
 
Melhor Direção - R$ 20.000,00
Aly Muritiba, por Para Minha Amada Morta
 
Melhor Ator - R$ 10.000,00
Matheus Nachtergaele, por Big Jato
 
Melhor Atriz - R$ 10.000,00
Marcelia Cartaxo, por Big Jato
 
Melhor Ator Coadjuvante - R$ 5.000,00
Lourinelson Vladmir, por Para Minha Amada Morta
 
Melhor Atriz Coadjuvante - R$ 5.000,00
Giuly Biancato, por Para Minha Amada Morta
 
Melhor Roteiro - R$ 10.000,00
Hilton Lacerda e Ana Carolina Francisco, por Big Jato
 
Melhor Fotografia - R$ 10.000,00
Pablo Baião, por Para Minha Amada Morta
 
Melhor Direção de Arte - R$ 10.000,00
Monica Palazzo, por Para Minha Amada Morta
 
Melhor Trilha Sonora - R$ 10.000,00
DJ Dolores, por Big Jato
 
Melhor Som - R$ 10.000,00
Claudio Gonçalves e Flávio Bessa, por Fome
 
Melhor Montagem - R$ 10.000,00
João Menna Barreto, por Para Minha Amada Morta
 
Prêmio Especial do Juri
Jean-Claude Bernardet, por Fome
 
FILME DE CURTA OU MÉDIA METRAGEM - Júri Oficial
 
Melhor Filme de curta ou média metragem - R$ 30.000,00
Quintal, de André Novais
 
Melhor Direção - R$ 10.000,00
Nathália Tereza, por A Outra Margem
 
Melhor Ator - R$ 5.000,00
João Campos, por Cidade Nova
 
Melhor Atriz - R$ 5.000,00
Maria José Novais, por Quintal
 
Melhor Roteiro - R$ 5.000,00
André Novais, por Quintal
 
Melhor Fotografia - R$ 5.000,00
Leonardo Feliciano, por À Parte do Inferno
 
Melhor Direção de Arte - R$ 5.000,00
Fabiola Bonofiglio, por Tarântula
 
Melhor Trilha Sonora - R$ 5.000,00
Sérgio Pererê, Carlos Francisco, Gabriel Martins e Pedro Santiago, por Rapsódia para o Homem Negro
 
Melhor Som - R$ 5.000,00
Léo Bortolin, por Command Action
 
Melhor Montagem - R$ 5.000,00
Pablo Ferreira, por Afonso é uma Brazza

Prêmio Especial do Júri (Pela feliz conjugação entre o trabalho de direção e atuação coletiva):
História de uma Pena, de Leonardo Mouramateus
 
PRÊMIOS DO JÚRI POPULAR
 
Melhor Filme de longa metragem - R$ 40.000,00
A Família Dionti, de Alan Minas
 
Melhor Filme de curta ou média metragem - R$ 10.000,00
Afonso e uma Brazza, de Naji Sidki e James Gama

Prêmio Canal Brasil

Filme: Rapsódia para o Homem Negro, de Gabriel Martins

Prêmio exibição TV Brasil

Filme: Santoro: o Homem e sua Música, de John Howard Szerman

Prêmio Marco Antônio Guimarães

Filme: Santoro: o Homem e sua Música, de John Howard Szerman

Prêmio ABRACCINE - O Prêmio da Crítica

A Outra Margem, de Nathália Tereza
 
Para Minha Amada Morta, de Aly Muritiba
 
Prêmio SARUÊ - Correio Braziliense

Copyleft ("pelo conteúdo embasado e tocante, RODRIGO CARNEIRO, seu discurso merece o Saruê").

JURADOS
 
JÚRI MOSTRA COMPETITIVA DE FILMES DE LONGA METRAGEM
Amir Labaki
Ana Cecília Costa
Cláudio Marques
Iberê Carvalho
Joel Zito Araújo
Luelane Corrêa
Werner Schünemann
 
JÚRI MOSTRA COMPETITIVA DE FILMES DE CURTA-METRAGEM
 
Ilana Feldman
Marcelo Pedroso
Marcus Mello
Marília Rocha
Santiago Dellape



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