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Pernambuco tem crescimento de 170% no Programa Remição de Pena pela Leitura

O estado ocupa o 5° lugar no ranking, ficando atrás de Piauí, Sergipe, Pará e Alagoas.

Thatiany Deodato de Lucena

Publicado: 03/02/2025 às 14:46

/Foto: Divulgação/SEAP

/Foto: Divulgação/SEAP

Pernambuco se destacou entre os estados com maior crescimento no Programa Remição de Pena pela Leitura, conforme levantamento divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).  

O Estado ocupa o 5º lugar no ranking, com um crescimento de 170% no programa entre 2023 e 2024. Os quatro primeiros lugares são ocupados por Piauí, Sergipe, Pará e Alagoas. 

Em 2023, o estado registrou 9.290 participantes no programa, número que saltou para 13.750 em 2024. O programa está implantado em 24 unidades prisionais de Pernambuco e visa proporcionar às pessoas privadas de liberdade (PPLs) - nos regimes fechado, semiaberto, aberto ou em livramento condicional - o direito ao conhecimento, à educação, à cultura e ao desenvolvimento da capacidade crítica, seja para os alfabetizados ou não. 

O secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco, Paulo Paes, comemorou o avanço do programa no estado e destacou sua importância. "A prática da leitura é uma ferramenta transformadora que promove a reintegração social e uma nova perspectiva de vida para as pessoas privadas de liberdade. A leitura amplia horizontes, fortalece o conhecimento e liberta", afirmou. 

Cada obra lida pode resultar na remição de quatro dias de pena, concedidos pela vara de execução penal competente. O processo de avaliação envolve a leitura das obras, a produção de relatórios textuais e relatos orais para os participantes não alfabetizados. O programa é coordenado pela Secretaria Estadual de Educação (SEE), que utiliza critérios da Educação de Jovens e Adultos (EJA) nas avaliações. 

Além disso, a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP) divulgou a aquisição de 1.891 livros para o programa, marcando a primeira vez que a pasta realiza a compra direta de obras para o programa.
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