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Balanço

Transplantes de rins: mais de 800 pernambucanos estão na fila de espera

Em 2018 foram realizados 463 procedimentos do tipo

Publicado em: 30/01/2019 08:24 | Atualizado em: 30/01/2019 14:31

A coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco, Noemy Gomes, lembra que é necessário conscientizar a população a respeito da doação de órgãos.
Foto: Divulgação/SES. (A coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco, Noemy Gomes, lembra que é necessário conscientizar a população a respeito da doação de órgãos.
Foto: Divulgação/SES.)
A coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco, Noemy Gomes, lembra que é necessário conscientizar a população a respeito da doação de órgãos. Foto: Divulgação/SES. (A coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco, Noemy Gomes, lembra que é necessário conscientizar a população a respeito da doação de órgãos. Foto: Divulgação/SES.)

No ano passado, a quantidade de transplantes de rim realizados em Pernambuco teve um aumento de 15%. Em 2017, foram realizados 404, enquanto que em 2018 foram 463, um aumento de 15%, além de 5 procedimentos duplos de rim e fígado e 5 de rim e pâncreas. Apesar de o estado ter batido recorde de procedimentos de rim e fígado, a fila de espera é de 852 pessoas só para rim.

"Esse aumento no número de transplantes de rim demonstra que a população tem se conscientizado da importância desse ato de solidariedade que é a doação de órgãos e tecidos. Além disso, ratifica o empenho da Central de Transplantes e de todos os profissionais envolvidos no processo para que os procedimentos se tornem realidade. Temos equipe de referência para captação de órgãos e de transplante de rim que estão à disposição todos os dias do ano para que as pessoas em fila de espera possam ganhar essa qualidade de vida", afirma a coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), Noemy Gomes.

Outro aumento percebido pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), foi com relação aos transplantes de fígado. Ao todo, foram 137 procedimentos, um aumento de 6% em relação a 2017 (129). O recorde anterior tinha sido alcançado em 2012, com 134 transplantes. "O paciente em fila por um rim tem na hemodiálise uma alternativa de tratamento para continuar vivendo. Já quem espera por um fígado tem mais pressa, por não ter uma terapia substitutiva. Precisamos comemorar o aumento e continuar trabalhando para ampliar ainda mais o número de doações e, consequentemente, de transplantes", frisa Noemy Gomes.

Espera
Atualmente, 1.128 pessoas estão em fila de espera por um órgão e tecido em Pernambuco. A maior lista é a de rim, com 852 pacientes, seguida de fígado (124), córnea (116), medula óssea (16), coração (13) e rim/pâncreas (7).

Negativa
Em 2018, as Organizações de Procura de Órgãos (OPO) realizaram 339 entrevistas com familiares de pacientes com morte encefálica. Desse total, 183 autorizaram a doação e 156 negaram. Isso significa que 46% das potenciais doações não puderam ser efetivadas.

Balanço
Na análise apenas dos órgãos sólidos (coração, fígado, rim e pâncreas), Pernambuco obteve um aumento de 9,6% nostransplantes (652), comparado com 2017 (595). Além dos 463 de rim e os 137 de fígado, foram realizados 42 de coração (54 em 2017 / - 22%), 5 de rim/pâncreas (6 em 2017 / -17%) e 5 de fígado/rim (2 em 2017 / + 150%).
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