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Caso Denirson

Advogado de Jussara Paes apresenta depoimento com novas informações

No depoimento, cuja cópia Alexandre divulgou neste domingo para a imprensa, Diogo Francisco de Souza de Melo , o porteiro, afirma que entregou uma conta de energia nas mãos do médico às 8h do dia 31 de maio. No mesmo texto, porém, ele também diz que Jussara foi à portaria alterar a data do protocolo da entrega

Publicado em: 29/07/2018 15:16 | Atualizado em: 29/07/2018 15:46

 (Reprodução/Facebook)
Reprodução/Facebook
O advogado Alexandre Oliveira, que defende Jussara Paes no caso do assassinato do médico cardiologista e advogado Denirson Paes, divulgou neste domingo o que ele considera uma nova peça do inquérito que pode mudar os rumos das investigações. Segundo ele, ao ter acesso aos autos da investigação na última semana, descobriu que um dos porteiros do condomínio de Aldeia afirmou que falou com Denirson na manhã do dia 31 de maio. No depoimento, cuja cópia Alexandre divulgou neste domingo para a imprensa, Diogo Francisco de Souza de Melo , o porteiro, afirma que entregou uma conta de energia nas mãos do médico às 8h do dia 31 de maio, fato que registrou na ficha de protocolo do condomínio, como de praxe.

"O que estava sendo divulgado pela polícia era que ninguém tinha visto o médico neste dia e isso desmente o fato", detalha. Ainda de acordo com o advogado, que visitou Jussara na manhã deste domingo no Presídio Bom Pastor, as demais afirmações do porteiro no depoimento divulgado, que também relata que Jussara esteve na guarita do condomínio dias após o episodio e brigou com os funcionários exigindo que eles mudassem a data registrada de 31 de maio para 1º de junho, não procedem."Ele diz que ela mudou a data mas estamos prontos para pedir um laudo grafotécnico para verificar a grafia da data que está anotada nesse protocolo e também vamos pedir a filmagem da guarita, uma vez que ele garante no depoimento que a minha cliente esteve dentro da guarita para alterar essa data", completa.

O advogado deverá voltar a visitar Jussara Paes nesta segunda-feira e voltará a falar sobre o caso. A polícia civil foi procurada para responder ao fato novo mas só irá se pronunciar na segunda-feira (30). O corpo do médico e advogado Denirson Paes Silva, de 54 anos, foi sepultado às 17h deste sábado, em Campo de Lourdes (BA), sua cidade-natal, a 1.170 km do Recife. O filho mais novo do casal, Daniel Paes, 20 anos, que estava no Recife, foi levado por um primo de Denirson para Campo Alegre de Lourdes. Eles pegaram um voo para Petrolina ainda na noite da quinta-feira (26) e depois seguiram de carro até o município baiano. A liberação do corpo pelo Instituto de Medicina Legal (IML) foi aguardada por esse mesmo primo, que preferiu não ser identificado, e por duas amigas de infância do médico e de sua esposa, Jussara Rodrigues Paes Silva, 54 anos, uma das suspeitas pelo homicídio qualificado. 

Crime

Uma das linhas de investigação da Polícia Civil trabalha com a hipóteses de que a motivação do crime seria a iminente separação do casal, segundo o relato de diversas testemunhas ouvidas até agora. O corpo de Denirson foi localizado no dia 4 de julho. As escavações feitas para encontrar algumas partes da vítima foram concluídas no dia 12 de julho, quando 90% do corpo foram encontrados, incluindo a cabeça e o tronco, fundamentais para identificar a causa da morte do médico. As partes foram encontradas a mais de 25 metros para dentro da cacimba, cobertas com metralha e areia. A cacimba fica ao lado da piscina da residência do cardiologista, localizada no Residencial Torquato Castro, km 12, Estrada de Aldeia, em Camaragibe. 

Mesmo após o sepultamento Denirson Paes, a Polícia Civil de Pernambuco relatou que os laudos e exames periciais “continuam sendo realizados e sem prazo de entrega, visando colaborar na elucidação do crime pelas autoridades policiais”. Apesar de o atestado de óbito de Denirson Paes Silva informa que a causa da morte ainda está “a esclarecer”, de acordo com fontes da reportagem, os exames periciais indicam que Denirson sofreu uma tentativa de enforcamento, identificado por marcas no pescoço, seguida de uma pancada na cabeça. Os peritos identificaram um afundamento em parte do crânio, mas ainda é cedo para dizer que a causa da morte tenha sido essa. O resultado da perícia tanatoscópica não foi divulgado pela polícia. 
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