Feminicídio Pai e filha são sepultados em cerimônia reservada em Ipojuca

Publicado em: 15/10/2017 12:50 Atualizado em: 15/10/2017 13:05

Paula e seu pai foram sepultados em cerimônia reservada em Ipojuca. Foto: Reprodução/ Facebook
Paula e seu pai foram sepultados em cerimônia reservada em Ipojuca. Foto: Reprodução/ Facebook

Em uma cerimônia reservada, realizada no fina da tarde deste sábado, foram sepultados os corpos de Paula Régis, de 20 anos e do pai dela, o médico Ênio Régis, de 58 anos. O enterro foi realizado no Cemitério de Ipojuca, onde as vítimas movavam há  mais de 10 anos. Mãe e esposa das vítimas, Suzana Régis, sobrevivente da tragédia, discursou durante a cerimônia, que contou com a presença de amigos e familiares.


Os corpos foram liberados ontem à tarde pelo Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife. De acordo com funcionários do necrotério, os cadáveres de Ênio e Paula Régis foram reconhecidos pela cunhada de Ênio e um amigo da família, que chegaram ao local por volta das 12h.

Pai e filha foram assassinados na noite da quinta-feira passada em um imóvel localizado no Condomínio Enseadinha, na Praia de Serrambi. O crime foi praticado pelo ex-namorado de Paula, o fotógrafo Paulo Roberto, de 30 anos, que também atirou contra a mãe de Paula e depois cometeu suicídio. O corpo dele foi enterrado na manhã do sábado, no cemitério de Nossa Senhora do Ó, em Ipojuca, às 9h.


Ênio Régis, de 58 anos, levou um tiro no pescoço, enquanto Paula, de 20, foi atingida com dois disparos na cabeça. Suzana Régis, esposa e mãe das vítimas, foi socorrida após levar um tiro de raspão. Sendo a única sobrevivente, ela foi levada por ambulância ao posto de saúde de Serrambi e encaminhada para o Hospital Dom Helder Câmara, de onde recebeu alta na manhã desse sábado.

Um médico do hospital, Ronyllton Brito, disse em entrevista ao NE TV, da TV Globo, que Suzana foi submetida a alguns exames. Os resultados apontaram ausência de lesões graves. Apesar disso, ela precisou receber sangue por causa da grande quantidade que perdeu. De acordo com o médico, a mãe de Paula Régis "chorou bastante" e chegou a falar sobre o ocorrido na noite da última quinta-feira. Segundo a polícia, ela disse que após o suicídio de Paulo, escondeu o revólver em um balde com medo de ele acordar e atirar novamente nela. De acordo com o 18º batalhão da Polícia Militar, a motivação do crime teria sido a recusa dos pais de Paula Régis em aceitarem o relacionamento entre ela e o fotógrafo.
 


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