Balanço Pernambuco volta ao 1º lugar em transplantes de córnea no N/NE Estado tem é campeão em transplantes de rim, coração, pâncreas e medula óssea

Publicado em: 10/08/2017 10:51 Atualizado em: 10/08/2017 11:24

Pernambuco volta ao 1º lugar em transplantes de córnea no N/NE. Foto: Marcelo Soares/Esp. DP
Pernambuco volta ao 1º lugar em transplantes de córnea no N/NE. Foto: Marcelo Soares/Esp. DP

Pernambuco voltou ao 1º lugar no Norte e Nordeste (N/NE) em transplantes de córnea. No primeiro semestre deste ano, o estado realizou 516 transplantes de córnea, um aumento de 28% em relação ao mesmo período do ano passado, com 404 procedimentos. A última vez que Pernambuco alcançou esse patamar foi em 2013.

Desde o início de julho, todo paciente que tiver indicação para um transplante de córnea, depois de realizar os exames necessários para ser inscrito na fila de espera, realiza o transplante em até 30 dias. Isso dá ao estado o status de córnea zero, que já havia sido alcançado em janeiro de 2013 e mantido até 2015.

Os números foram divulgados na tarde desta quarta-feira pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). Além de córnea, segundo a ABTO, o estado também é primeiro no N/NE em transplantes de rim, coração, pâncreas e medula óssea, mantendo a colocação do balanço relativo ao primeiro trimestre deste ano. Em relação a coração, Pernambuco ainda é segundo no Brasil, atrás apenas de São Paulo.

Durante o primeiro semestre, Pernambuco totalizou 919 transplantes, um aumento de 26,41% em relação ao mesmo período de 2016, com 727 procedimentos. Foram 28 transplantes de coração (19 em 2016 - aumento de 47%), 184 de rim (134 em 2016 - aumento de 37%), 113 de medula óssea (108 em 2016 - aumento de 5%) e 6 de pâncreas (transplante duplo feito juntamente com rim - 5 em 2016, um aumento de 20%). Ainda foram realizados 69 procedimentos de fígado (54 em 2016 - aumento de 28%), 2 de válvula cardíaca e 1 de fígado/rim. Em fila de espera, são 1.021 pacientes, sendo 775 aguardando um rim, 146 córnea, 71 fígado, 16 medula óssea, 9 coração e 5 rim/pâncreas.

"Um paciente com morte encefálica pode tirar da fila de espera até sete pacientes, já que é possível doar dois rins, duas córneas, coração, fígado e pâncreas. No caso da morte do coração, é possível doar as córneas. Por isso a importância de, ainda em vida, nos declararmos como doadores de órgãos e tecidos para os nossos familiares, já que só um parente de até segundo grau pode autorizar o ato, de acordo com a legislação brasileira", lembra a coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), Noemy Gomes. Qualquer paciente que morre em uma unidade hospitalar, seja por morte encefálica ou por parada cardíaca, pode doar a córnea, que, após a retirada, dura até 14 dias.

 

Ainda é importante lembrar que, em vida, também é possível ser doador de rim ou de parte do fígado, além de medula óssea. Nesse último caso, o interessado em doar precisa se cadastrar no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). A inscrição é feita no Hemope. Após o cadastro, o sistema irá buscar alguém em fila de espera que tenha compatibilidade com o doador, podendo ser beneficiada uma pessoa de qualquer parte do Brasil.

 



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