Polícia Preso no Recife um dos maiores assaltantes de banco do país Paulo Donizetti Siqueira Souza, 52, foi preso em um lava-jato no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife

Publicado em: 07/02/2017 22:52 Atualizado em:

Munido de dois fuzis, uma pistola .40, 528 munições e 13 carregadores para fuzil e submetralhadora, o assaltante paranaense Paulo Donizetti Siqueira Souza, 52, teve sua extensa carreira criminosa interrompida na manhã de hoje, ao ser preso em um lava-jato de Boa Viagem.

Considerado pela polícia um dos maiores ladrões de bancos do país no momento, ele estava no Recife, a trabalho, na companhia de dois colegas de ofício potiguares. Um deles, Alisson Breno Pereira de Lima, 24, participou recentemente de um dos mais infames episódios do noticiáro policial do Brasil nas últimas décadas. Ele fugitivo da Penintenciária de Alcaçuz, em Nísia Floresta (RN), onde 26 presos foram decapitados durante rebelião em janeiro.

O trio, formado ainda pelo especialista em assaltos a bancos Paulo César Diógenes da Targno Júnior, 26, pode ter participado dos ataques da última sexta-feira em Porto de Galinhas, quando cerca de 20 bandidos armados explodiram dois bancos, destruíram lojas e dispararam contra uma delegacia e viaturas.

Paulo e seus comparsas foram descobertos por agentes do Núcleo de Operações Especiais da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que verificaram movimentação suspeita no lava-jato. Ao consultar as placas dos veículos Corolla e Hillux, que estavam de posse dos criminosos e foram levados ao lava-jato para serem limpos, os agentes constataram irregularidades. Depois de acionar a força-tarefa de combate a assaltos a bancos da Secretaria de Defesa Social (SDS), uma equipe conjunta abordou os bandidos.

O paranaense já realizou ações em vários estados. Contra ele existem pelo menos dois mandados de prisão emitidos em São Paulo e no Paraná. Ele e os outros dois usavam documentos falsos no momento da abordagem. As prisões aconteceram após troca de informações entre as polícias Civil, Rodoviária e Militar. “Os agentes identificaram que uma das placas dos carros eram clonadas. Foi feito o contato junto com a força-tarefa, a Polícia Civil e a Radiopatrulha.

No momento da abordagem, dois suspeitos ainda tentaram fugir no Corolla, mas foram acompanhados pelos policiais e rapidamente foram alcançados”, disse Cristiano Mendonça, chefe de Comunicação da PRF. “O outro suspeito estava no lava-jato e foi alcançado lá. Eles não reagiram, mas tentaram fugir. Foi necessária a aproximação da polícia e dos agentes para prender os criminosos”, concluiu.

Segundo a polícia, a apreensão das armas vai ajudar, através de uma perícia, a identificar se foram utilizadas em outros crimes. Os investigadores acreditam que outras pessoas fazem parte do grupo. Os suspeitos foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil no Jordão.

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