Polícia Família desmente boato de que menina levada pelo pai teria sido encontrada Delegada Gleide Ângelo assumiu as investigações sobre o caso nesta segunda

Publicado em: 18/07/2016 18:25 Atualizado em: 18/07/2016 18:27

Pai desapareceu com a criança há oito dias. Foto: Facebook/Reprodução
Pai desapareceu com a criança há oito dias. Foto: Facebook/Reprodução
O desaparecimento da pequena Júlia Cavalcanti Alencar, de apenas um ano e dez meses de vida, completa oito dias nesta segunda-feira e continua sendo um mistério para a polícia. A delegada Gleide Ângelo, da Delegacia de Olinda, reconhecida por seu trabalho em casos de alta complexidade, assume hoje as investigações. Enquanto a delegada remonta os passos do pai, principal suspeito de cometer o crime e descumprir uma ordem judicial, boatos se alastraram nas redes sociais informando que a criança teria sido encontrada. A famíllia desmentiu a informação.

No dia 10 de julho, o engenheiro Janderson Rodrigo de Alencar, de 29 anos, levou a filha para uma visita e não mais a devolveu à mãe, a servidora pública Cláudia Cavalcanti, de 42 anos. A não entrega da criança configurou o descumprimento de uma ordem judicial. A advogada da mãe, Suelene Sá Almeida, ainda conseguiu um mandado de busca e apreensão na casa do pai, mas, ao chegar no local, ninguém foi encontrado. O engenheiro desapareceu com a menina e com seus pertences. Pouco antes de sumir, ele teria sacado R$ 400 mil.

A advogada lembrou que, como ele não tem carteira de habilitação e nem carro, a família acredita que ele tenha recebido ajuda de terceiros para poder escapar com a menina. A informação foi repassada para a polícia que reforçou as fiscalizações no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes-Gilberto Freyre, na rodoviária e nas rodovias federais.

Bastante abalada, a mãe da criança conversou na manhã desta segunda-feira com a reportagem do Diario. "A gente nunca imagina que vai passar por isso. A gente vê a dor de outras mães e não tem noção do que é. Ela é uma menina doce e tímida. Trouxe amor e luz para toda a minha família. É enlouquecedor a dor de não saber nenhuma notícia. Não sei se ela está comendo, se está dormindo, se está bem. Ela está fora do convívio da família, isso é um ato de crueldade. Eu clamo a ele que se ele ama a filha, e está vendo ela sofrer, que ele não prive a filha do convívio com a mãe. Vivo na esperança de encontrar minha filha. Só tenho forças para isso. Sonho em ver de novo ela correndo pela casa, brincando de se esconder e arrastando sua boneca", declarou Claúdia Cavalcanti.

A mãe acrescentou que esta foi a segunda visita que o pai fez à filha depois de passar sete meses impedido pela Justiça de vê-la. Na primeira ocasião, teria cumprido o horário estabelecido pelo juiz, das 9h às 18h. Claudia, que tem a guarda provisória da menina, disse ainda que nunca impediu o contato de pai e filha e que nos quatro meses em que os três moraram juntos, Janderson sempre demostrou carinho e super proteção.

DENUNCIE
Quem tiver informações que possam ajudar a localizar a criança pode entrar em contato com a Divisão de Desaparecidos através do número (81) 3184-3578.

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