Reajuste Urbana sugere novos valores para tarifa de ônibus na RMR Anel A passaria de R$ 2,45 para R$ 3,25 e o B, hoje R$ 3,35, passaria a ser R$ 4,40

Publicado em: 13/01/2016 10:30 Atualizado em:

Reunião que discutirá aumento é nesta sexta-feira.  Foto: João Veloso/Esp. DP
Reunião que discutirá aumento é nesta sexta-feira. Foto: João Veloso/Esp. DP

R$ 3,25 para o Anel A e R$ 4,40 para o Aanel B. Essa é a proposta de reajuste tarifário dos ônibus da Região Metropolitana do Recife (RMR) que a a Urbana-PE fará ao Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM). O conselho dicutirá o aumento da tarifa em reunião nesta sexta-feira. Atualmente, as passagens custam R$ 2,45 e R$ 3,35. 

Segundo o sindicato que representa os donos das empresas de ônibus, a tarifa no Recife é a mais barata entre as capitais e os valores estão R$ 0,59 abaixo da média nacional. O sindicato alega que "o novo nível tarifário é necessário para promover o equilíbrio econômico-financeiro do sistema". A Urbana listou os pontos levados em consideração para o cálculo. 

Confira:
1. Houve aumento significativo nos principais itens de custo do setor ao longo dos últimos anos. Na última década, o custo com pessoal do setor aumentou 90,45%, o óleo diesel 45,24% e o veículo padrão 69,79%;

2. O custo de financiamento de novos veículos também sofreu ajustes significativos. Nos últimos anos foi possível financiar a aquisição de novos ônibus a taxas de 4% de juros ao ano. Atualmente, apenas 70% pode ser financiado e com taxas a partir de 14,74% ao ano;

3. A defasagem da tarifa vem se acumulando há anos, com impacto direto na qualidade do serviço. Desde 2006 a tarifa foi reajustada em 53,13% enquanto que o IPCA registrado foi de 77,86%. Vale ressaltar que a inflação do setor foi maior do que o IPCA;

4. O valor da tarifa é calculado dividindo o custo total do setor pelo total de passageiros pagantes. Nos últimos 3 anos houve queda de 16,08% no total de passageiros pagantes, sem alterações significativas na oferta do serviço, isto é, no custo total de operação. A tendência de queda de demanda é ainda mais preocupante. As primeiras semanas de 2016 já apresentam redução do total de passageiros de 11,5% em relação ao mesmo período do ano passado.



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