Polícia
Pernambuco é o primeiro estado do país a coletar material genético de condenados por crimes hediondos
O banco, que tem tecnologia disponibilizada pelo FBI (polícia federal norte-americana), está presente em 17 estados e no Distrito Federal
Publicado em: 26/05/2015 19:32 Atualizado em: 26/05/2015 19:50
A coleta em condenados é prevista na Lei 12.654/12, mas ainda não era cumprida pelos bancos de dados no Brasil. Foto: Alcione Ferreira/DP/D.A Press |
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Laboratório de DNA ainda sem previsão
A coleta em condenados é prevista na Lei 12.654/12, mas ainda não era cumprida pelos bancos de dados no Brasil. Pernambuco, mesmo sendo um dos últimos a instalar o Laboratório de Perícia e Pesquisa em Genética Forense, foi o primeiro a iniciar o processo, na Penitenciária Professor Barreto Campelo, na Ilha de Itamaracá, em 2014.
Cerca de 800 presos tiveram o material coletado com a ajuda de um swab, cotonete que retira amostras da mucosa da bochecha. As informações foram levadas ao laboratório, que identificou 270 perfis e adicionou ao banco do estado.
Até o fim do primeiro semestre, o DNA dos outros 530 detentos será sequenciado e transferido ao Codis. A previsão é de que no segundo semestre o trabalho comece no Complexo do Curado.
“É realizado um exame de comparação do que foi deixado no local do crime com os dados adicionados nos Codis em todo o território nacional. Dessa maneira, já identificamos que um mesmo homem cometeu um crime em Caruaru em 2010 e outro São Paulo em 2012”, explicou o diretor do Laboratório de Perícia e Pesquisa em Genética Forense, Carlos Souza.
Nos EUA, o Codis é usado em 180 laboratórios. Em outros 27 países, há 40 laboratórios. No banco também ficam armazenadas referências de vestígios deixados nas cena do crime.
Para a gerente geral da Polícia Científica, Sandra Santos, a tecnologia dará celeridade às investigações. “Treinamos a perícia criminal para coleta de DNA e, na próxima semana, vamos reiniciar o treinamento com a equipes do DHPP.” Atualmente, 125 peritos criminais compõem o quadro da Polícia Científica. Um concurso com 316 vagas está previsto para este ano. De hoje ao dia 28, acontece na UFPE o Primeiro Workshop Nordestino de Genética Forense.
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