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Contra o fechamento dos bares Protesto em clima de carnaval em Olinda

Publicado em: 08/01/2015 22:29 Atualizado em: 09/01/2015 00:16

Os Quatro Cantos e as Ruas do Amparo e Prudente de Morais, em Olinda, ficaram repletas de pessoas, por volta das 20h desta quinta-feira (8), que se reuniram em prol de um objetivo: protestar contra as restrições de funcionamento dos bares do Sítio Histórico. O ato descontraído contou com esaio de passistas de frevo e da Orquestra Henrique Dias.

Músicos, artistas, moradores e artistas plásticos, a maioria frequentadores assíduos e antigos da cidade alta, compuseram o grupo de manifestantes. Era possível ver placas com os dizeres “boemia é patrimônio cultural” e “eu quero meu bloco. #ocupeOlinda”.

Passista na Rua do Amparo (Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press)
Passista na Rua do Amparo
O clima foi de carnaval e confraternização, com apenas uma viatura da Polícia Militar que passou fotografando e filmando o local.

O movimento surgiu a partir da polêmica envolvendo o fechamento dos bares de Olinda às 22h, que vem tendo desdobramentos desde o último sábado (3), quando algumas casas tiveram que encerrar as atividades por ordem da polícia. A PM cumpriu uma ordem da prefeitura, que informou estar agindo de acordo com recomendação do Ministério Público. Esse, por sua vez, disse que não tinha nada a ver com o assunto, mas depois voltou atrás lembrando que há uma ação tramitando no órgão motivada por moradores.
Grupo de pessoas na Rua do Amparo (Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press)
Grupo de pessoas na Rua do Amparo


Na noite desta quinta-feira, todos os bares estavam abertos, com exceção dos que foram fechados no início de outubro de 2014 com problemas no alvará.

Morador da Rua da Bica, na cidade alta, há anos, o produtor de vídeos Felipe Peixoto, 29 anos, participou do protesto e afirmou que “Olinda sempre teve história noturna". "Além da beleza diurna, quando se pode observar melhor a arquitetura, é importante valorizar a noite, porque muitas pessoas vivem de música e cultura. Se tirarem os bares, a noite vai acabar. Se a noite acabar, não há público para os músicos", comentou.
Quatro Cantos (Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press)
Quatro Cantos



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