Notícia de
TECNOLOGIA
NAVE
Alunos da rede pública criam projetos de startups
Seis grupos apresentaram propostas de soluções para problemas sociais
Por: Mariana Fabrício - Diario de Pernambuco
Publicado em: 07/04/2016 09:15 Atualizado em: 07/04/2016 13:04
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Seis grupos de alunos do ensino médio exibiram suas ideia a banca de profissionais da tecnologia no evento Decola. Foto: Divulgação. |
Jogos digitais, mídias sociais e plataformas multimídias são alguns dos assuntos que dividem a grade de ensino na Escola Técnica Estadual Cícero Dias, localizada em Boa Viagem. Durante nove horas diárias que passam na ETE, os alunos têm a oportunidade de aprender um curso profissionalizante dentro das possibilidades da economia digital. Nesta quarta-feira, seis grupos apresentaram projetos que podem se tornar startups. Entre os projetos estão aplicativos para evitar desperdício de alimento e auxiliar no tratamento de Alzheimer.
Parte do Núcleo Avançado em Educação (NAVE), criado em 2006 no Recife e Rio de Janeiro pelo Instituto Oi Futuro, o evento Decola incentiva os alunos de ensino médio a criarem soluções que promovam mudanças sociais que se aplique em produtos audiovisuais, games ou ainda plataformas e aplicativos. "As apresentações do que foi desenvolvido pelos alunos durante esse ano vão promover a troca com profissionais do mercado e especialistas em tecnologia e inovação. Não tem um caráter competitivo, mas sim de aprendizado e faz parte do percusso deles de aproximação do mercado de trabalho", explica o diretor de Educação do Oi Futuro, Fábio Campos.
A formação técnica acontece durante os três últimos anos do ensino médio e envolve atualmente 540 alunos. A Escola Técnica faz parte do grupo de intercâmbio Escolas Inovadoras da Microsoft. A Nave tem mais de 25 jogos publicados em lojas digitais e 20 games selecionados para o Festival Brasileiro de Jogos Independentes.
Para o coordenador do pedagógico Luiz Francsico Araújo, o objetivo é direcionar os alunos para vários tipos de competências. "Nós trabalhamos a melhoria, viabilidade e conjuntos de ações do projeto. Então não é somente o ensino, mas sim a formação de cidadãos com suas competências humana, criativa e, claro, com aspecto crítico", conta.
A criação das animações e games contam com a orientação de oito profissionais do CESAR e ainda softwares 3D e de programação. A Escola foi construída há dez anos já dentro do projeto multidisciplinar. Profissionais do estúdio de game BlackZebra, da associação Adeccon, da empresa Bio Fair Trade, da aceleradora Jump e da Manifesto games participaram do Decola para trocar experiências e ideias sobre os projetos dos alunos.
A apresentação foi uma oportunidade para os alunos mostrarem seus projetos a profissionais da área. Foto: Divulgação |
OS PROJETOS
A Fila
A animação criada pelo grupo de seis alunos está no processo de edição, mas segue o rumo do projeto apresentando em 2015, "A Sala", que teve mais de 20 premiações nacionais e internacionais. O cenário é inspirado na fila de um refeitório escolar. Feito em 3D e 2D, a animação tem vários personagens que promovem debates sociais a respeito da ética e comportamentos estereotipados.
LunChef
Também inspirado no ambiente do refeitório da escola, o aplicativo gerencia o consumo de alimento nas instituições. O objetivo é evitar o desperdício e as longas esperas para o almoço. "Colaborar com a educação, otimizar o tempo e o gerenciamento de comida feito pelos órgãos públicos para facilitar o controle de refeições produzidas e consumidas", define a equipe de dez estudantes do ensino médio. O app sugere o controle dos alunos que irão comer na escola para limitar o quanto será servido. Ele está na fase de testes.
Remind Me
O aplicativo tem o objetivo de ajudar no tratamento dos portadores de Alzheimer com dinâmica que mescla gameficação e tratamento já feito em hospitais. "Nós procuramos estudos científicos sobre o assunto e terapias já aplicadas nos pacientes para tornar o tratamento mais acessível", explica Victoria Ellen, de 16 anos que desenvolveu o app com mais sete colegas. A ideia é ainda informar sobre medicamentos, colocar contatos e informações sobre a saúde.
MobCap
Mais um projetos na área da saúde, o MobCap é uma capa de ceuluar de alumínio que evita a transmissão de ondas eletromagnéticas dos dispositivos móveis para o usuário. Baseados em dados da Organização Mundial da Saúde, o objetivo é evitar a ativação de células cancerígenas. O grupo de oito meninas já foi campeão do concurso Reciclando Saberes e pretende apresentar um protótipo até o final deste ano.
Immunize APP
Em início de desenvolvimento o aplicativo funciona como uma agenda de vacinas para crianças até um ano de idade. O monitoramento digital contece por meio de um cartão de vacina, agenda com as próximas doses, mapa com os postos de saúde mais próximos e conta com recurso de gameficação e criação de avatar do bebê.
Welt
Rede social de solidariedade, o aplicativo incentiva as pessoas a colaborarem com o desenvolvimento sustentável. A rede comunitária será voltada para adolescentes compartilharem ações do dia a dia que promoveram o bem.
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