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'Não sejam tão preguiçosos', rebate Greenwald após ser acusado de pagar hacker

Publicado em: 17/06/2019 18:56 | Atualizado em: 17/06/2019 19:10

Foto: Agência Brasil
Um perfil denominado Pavão Misterioso vem fazendo acusações contra o jornalista Glenn Greenwald no Twitter. Entre elas, de que o editor do site The Intercept teria pago um hacker para invadir o celular do ministro Sergio Moro e, assim, vazar informações que podem comprometer a operação Lava-Jato. 

Segundo o perfil, Greenwald teria comprado o serviço através de bitcoins, uma moeda virtual irrastreável. No entanto, no momento da compra da moeda, ainda de acordo com o Pavão Misterioso, o jornalista teria deixado pistas, pois as corretoras que transacionam esse dinheiro não são irrastreáveis. 

Glenn Grenwald se defendeu em sua conta no Twitter, publicando cópias dos supostos documentos divulgados pelo Pavão Misterioso, que mostram a transação financeira entre ele e a corretora de bitcoins. O jornalsista rebate as acusações, afirmando que os papeis se tratam de uma fraude.

Nos documentos, o editor do Intercept destaca alguns erros no texto, como palavras em inglês escritas de maneira errada, como "transferred" (transferência, em português), que foi escrita com menos uma letra "r", "transfered". 

"Se a rede de Bolsonaraists/@MBLivre/@tercalivre for fabricar documentos falsificados em inglês para tentar espalhar falsas acusações contra mim, pelo menos tenha a cortesia de não ser tão preguiçoso a ponto de errar as palavras básicas. #ShowDoPavão", escreveu o jornalista. 

Greenwald tambem apontou erros na expressão dos números referentes ao valor supostamente transferido por ele para a corretora. "E da próxima vez que vcs quiserem forjar um documento em inglês, não esqueçam de expressar os números em inglês, não em português, pra que sua fraude não seja tão óbvia. Demora menos de 30 segundos pra usar o Google Tradutor. Haja preguiça #ShowDoPavao", escreveu ele. 


Outras acusações
O perfil Pavão Misterioso também acusa Glenn Greenwald de apoiar o nazismo por causa de uma fotografia, onde o jornalista posa com um homem que, em outra imagem, aparece com uma suástica tatuada no peito. Uma montagem das duas fotos é usada para "comprovar" uma aproximação de Greenwald com a ideologia classificada pela página como "esquerdista". 

Além disso, o editor do Intercept também foi acusado de comprar a cadeira de seu marido, o deputado federal David Miranda, na Câmara. David assumiu seu primeiro mandato em feveriro deste ano, após o ex-deputado Jean Wyllys deixar o cargo em decorrência de ameaças de morte que vinha sofrendo. 

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