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Na CCJ do Senado, Moro diz que mensagens com Dallagnol foram adulteradas

Publicado em: 19/06/2019 10:23 | Atualizado em: 19/06/2019 10:33

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
A convite do Senado Federal, nesta quarta-feira (19), o ministro da Justiça, Sérgio Moro, detalhou os supostos ataques sofridos por ele que resultaram no vazamento de conversas com o procurador da Lava-Jato Deltan Dallagnol. Moro diz não reconhecer a autenticidade do material, que qualificou como “possivelmente adulterado”.

O ministro compareceu à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, convocado pelos parlamentares, onde informou que “as supostas mensagens podem ter sido parcialmente ou totalmente alteradas”; e disse que o conteúdo está “repleto de sensacionalismo”.

Chamou à atenção, disse Moro, não ser incomum que juízes e procuradores conversem fora dos autos. “Isso é absolutamente normal, não há escândalos, ao contrário do que tem sido falado na mídia”.

Sérgio Moro disse que sempre agiu conforme a lei, mas, novamente, salientou não reconhecer a veracidade do material divulgado. “Sempre fui vítima de ataques. Pensei que, saindo da magistratura e assumindo a posição de ministro, o revanchismo fosse acabar. Mas, pelo jeito, me enganei”.

O ministro disse acreditar que o celular dele foi hackeado “aparentemente por um grupo criminoso”. Moro disse que a Polícia Federal tem autonomia para investigar questões envolvendo o suposto ataque a ele, a magistrados e a procuradores. “Os fatos estão sendo investigados, existe um grupo criminoso organizado por trás desses ataques, mas só teremos um desfecho com o fim das investigações”.

Moro ainda afirmou que os dados podem ter sido alterados. "A questão do aplicativo de encaminhar eventualmente uma mensagem é apenas porque ali existia uma dinâmica muito trabalhosa dentro da 13ª vara e eventualmente pode ter havido uma mensagem, mas nada do que não seria normal. Não estou dizendo mais uma vez que eu reconheço a autenticidade. Do texto, eu li e vi muitos que se pronunciaram não viram qualquer espécie de infração", disse o ministro

Durante as explicações no Senado, o ministro disse que, na opinião dele, apresentaram “um nível muito baixo de vilania” e coloca-se à disposição dos congressistas após cerca de 30 minutos de explicações.

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