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Missa e vigília lembram 50 anos do assassinato de padre Henrique

Celebrações estão marcadas para o domingo (26), na Catedral da Sé, e na segunda (27), na Igreja das Fronteiras

Publicado em: 25/05/2019 08:00 | Atualizado em: 24/05/2019 23:21

Busto de padre Henrique fica na Praça de Parnamirim. Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR/Divulgação
Os 50 anos do assassinato de padre Henrique, assessor de dom Helder Camara para a juventude, serão celebrados neste domingo (26) na Catedral da Sé, em Olinda. A celebração marcada para as 9h terá dom Fernando Saburido, arcebispo de Olinda e Recife, na presidência. O padre, batizado Antônio Henrique Pereira da Silva Neto, foi sequestrado em 26 de maio de 1969, tendo o corpo sido encontrado no dia seguinte, em um terreno baldio na Cidade Universitária, com marcas de tortura.

Além da missa, o assassinato será lembrada em uma vigília, na Igreja das Fronteiras, bairro da Boa Vista. A vígilia em “memória do martírio de Padre Henrique”, na segunda-feira (27), começará às 18h. No encontro, pastorais, grupos e movimentos religiosos e sociais lembrarão a trajetória e a importância do padre para a história recente da Igreja Católica local, especialmente em relação ao regime militar (1964-1985). A vigília terá ainda a apresentação da peça teatral O profeta, bispo do povo.

O lugar da vigília foi o lugar escolhido por dom Helder para morar no fim dos anos 1960. E dom Helder não apenas escolheu padre Henrique para cuidar dos assuntos da juventude na Arquidiocese de Olinda e Recife, como também foi o bispo que ordenou padre Henrique. A cerimônia ocorreu em dezembro de 1965, quando Henrique tinha 25 anos. Tanto um quanto outro eram críticos, às claras, das prisões políticas e das torturas praticadas por agentes ligados à ditadura militar.

A programação pelos 50 anos da morte de padre Henrique começou na última sexta-feira, com a mesa redonda Missão, martírio e verdade, na Universidade Católica de Pernambuco. Participaram dela padre Hernannne Pinheiro, assessor da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), de Henrique Mariano, relator do caso de padre Henrique na Comissão Estadual da Memória e Verdade, e de Roberto Franca, amigo de padre Henrique e ex-secretário de Justiça de Pernambuco.
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