Eleições
'E quem já foi agredido por Bolsonaro?', indaga Julio Lóssio
Para o candidato da Rede em Pernambuco, o estereótipo que criaram de Marina é o mesmo que tentam criar de Bolsonaro, só que de maneira inversa
Por: AE
Por: Aline Moura
Publicado em: 18/09/2018 07:00 | Atualizado em: 17/09/2018 22:41
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Dois integrantes da comissão executiva estadual da Rede, em Pernambuco, pediram desfiliação do partido, ontem, contestando a falta de punição da instância maior da legenda em relação às declarações do candidato ao governo pela sigla, Julio Lóssio. A decisão foi anunciada por Victor Lima, que era coordenador de Formação Política Estadual e por Atailton Tavares, que atuava como coordenador executivo estadual. Por meio de nota, ambos se recusaram a permanecer na sigla após o postulante ao Palácio do Campo das Princesas aceitar o apoio de duas lideranças ligadas ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), o coronel Luiz Meira (PRP) e Gilson Machado, um dos articuladores da campanha de Bolsonaro.
Ao Diario, depois de saber dos pedidos de desfiliação dos correligionários, Lóssio afirmou que “o assunto estava superado”. Em entrevista ao Estado de São Paulo, por sua vez, ele poupou críticas ao presidenciável. “Não o conheço (Bolsonaro). Mas o estereótipo que criaram de Marina é o mesmo que tentam criar de Bolsonaro, só que de maneira inversa. Pessoas tentam criar que ele é um cara violento. E quem já foi agredido por Bolsonaro?”, indagou Lóssio ao jornal O Estado de S. Paulo. Lóssio justificou que o apoio de Meira e de Gilson Machado (PSL) o tirou do isolamento e ele teria incorporado em seu programa de governo a agenda sugerida para a segurança pública, como a valorização dos salários da base dos policiais militares que atuam nas ruas.
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Victor Lima e Atailton Tavares disseram que a nota divulgada pela executiva na semana passada, na qual desautorizava as alianças anunciadas por Lóssio, foi “inócua”. "Considerando que a comissão executiva estadual da REDE/PE recusou qualquer punição contra o candidato ao governo de Pernambuco, Júlio Lóssio, aceitando tacitamente a referida aliança, uma vez que a publicação de uma mera nota não resulta qualquer efeito prático, sendo portanto inócua, não restou alternativa aos agora ex-coordenadores que não fosse apresentar suas renúncias aos cargos ocupados na instância partidária citada e a solicitação de desfiliação”, diz um trecho do documento enviado ao Diario.
