PDT
Túlio Gadelha diz que foi exonerado pelo PDT por "ajuste partidário e eleitoreiro"
Em uma carta, Túlio agradece os 79 dias de %u201Cserviços prestados%u201D, e ressalta que ainda há muito oque fazer %u201Cpara que a população camponesa possa viver com dignidade e Justiça%u201D.
Por: Leonardo Malafaia
Publicado em: 23/01/2018 06:00
Túlio Gadelha (PDT), que foi exonerado na última sexta-feira (19), divulgou ontem (23) uma carta em que explica os motivos de sua demissão. De acordo com ele, não foram “ajustes administrativos”, mas sim, um “ajuste partidário e eleitoreiro, para perpetuar os desajustes que tanto maculam o nosso ambiente político”. No documento, Túlio agradece os 79 dias de “serviços prestados”, e ressalta que ainda há muito oque fazer “para que a população camponesa possa viver com dignidade e Justiça”.
Informado de sua exoneração por telefone, o ex-presidente diretor do Iterpe (Instituto de Terras e Reforma Agrária de Pernambuco), afirmou estar “frustrado” com a atitude tomada pelos líderes de seu partido. “Isso me fez perceber, ainda com mais clareza, a urgência de uma verdadeira reforma
política. Inclusive, é preciso não somente uma reforma, mas também é preciso mudar a forma de se fazer política no Brasil. Não é mudar apenas o nome, mas, sim, as práticas”.
A política, diz ele, “deve servir para organizar a sociedade com representantes comprometidos em fazer uma gestão do bem público para o público e com qualidade”. Gadelha, assumiu a presidência do Iterpe em novembro do ano passado, após, decorrente da “dança das cadeiras” realizada pelo governador Paulo Câmara (PSB), o PDT assumir a Secretaria de Agricultura.
Gadelha ganhou fama ao assumir, publicamente, o relacionamento com a apresentadora de TV Fátima Bernardes, e, conta-se, nos bastidores que sua crescente popularidade, e consequente destaque nas ações, tenha despertado inimizades na base governista.
