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INVESTIGAÇÃO Geddel passou senha errada à PF e se negou a desbloquear celular Geddel teve o celular apreendido no dia 3 de julho, em uma das investigações da Operação Cui Bono, em Salvador

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 08/09/2017 16:35 Atualizado em: 08/09/2017 16:50

O ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) foi acusado de passar senhas incorretas para a Polícia Federal e de se recusar a fornecer sua digital para que os investigadores obtivessem acesso ao seu aparelho celular de modelo iPhone. Geddel teve o celular apreendido no dia 3 de julho, em uma das investigações da Operação Cui Bono, em Salvador.

A senha teria sido solicitada em duas ocasiões, em que o ex-ministro, por meio de seus advogados, forneceu algumas opções que acabaram não funcionando. 
 
Posteriormente chamado para depor, o peemedebista limitou-se a dizer que havia passado a senha que recordava, mas que costumava acessar o aparelho colocando sua digital.

A PF, então, apresentou o iPhone apreendido para que Geddel pudesse colocar seu dedo e, enfim, permitir o acesso aos dados. Ele, porém, se recusou, frustrando a expectativa de que as informações do celular fossem acessadas.

Operação Cui Bono:

Em 13 de janeiro, a Operação Cui Bono apurou as irregularidades na vice-presidência de Pessoa Jurídica da Caixa quando Geddel esteve no cargo, entre 2011 e 2013. Um celular apreendido com o ex-presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, continha mensagens cujo teor indicava que Cunha e Geddel agiam para liberar recursos da Caixa para pagamento de propina. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Geddel ainda agiu para evitar que Cunha e o operador Lúcio Funaro assinassem acordo de delação premiada com procuradores do MPF.

Obstrução de justiça:

Geddel foi preso em 3 de julho, por ordem da Justiça Federal do DF e dias depois levado à prisão domiciliar, onde se encontra até hoje. Um dos responsáveis pela articulação política do governo de Michel Temer, ele deixou o cargo de ministro da Secretaria de Governo após seis meses no cargo, em novembro do ano passado, após polêmica envolvendo o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero. Este o acusou de tê-lo pressionado para liberar uma obra na Ladeira da Barra, em Salvador.

No final de agosto, a Justiça de Brasília aceitou a denúncia da Procuradoria da República contra Geddel e o transformou em réu por obstrução de justiça, por tentar atrapalhar as investigações sobre desvios do fundo de investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS).



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