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Posicionamento 'Quórum é problema de quem quer receber denúncia', diz ministro Padilha 'Pode ser agora, pode ser em agosto', disse Padilha a jornalistas após solenidade no Palácio do Planalto, referindo-se à votação do tema no plenário da Câmara

Por: Felipe Pontes

Publicado em: 13/07/2017 13:03 Atualizado em: 13/07/2017 13:10

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse hoje (13) que o governo não está preocupado em garantir quórum para que a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer seja votada no plenário da Câmara antes do início do recesso parlamentar, marcado para o próximo dia 17.

“Pode ser agora, pode ser em agosto”, disse Padilha a jornalistas após solenidade no Palácio do Planalto, referindo-se à votação do tema no plenário da Câmara. “Quem tem que colocar quórum é quem quer receber a denúncia”, acrescentou.

Questionado se a espera até agosto não poderia agravar uma “sangria” do governo, que em tese ficaria exposto a perder mais votos para derrubar a denúncia com o passar do tempo, Padilha respondeu: “Qual sangria?”.

“Estamos trabalhando e vamos continuar trabalhando. Teremos uma vitória magistral hoje na Comissão de Constituição e Justiça [da Câmara]”, afirmou o ministro.

Nesta quinta-feira, a Comissão de CCJ da Câmara retomou os debates iniciados ontem (12) sobre o parecer do relator, Sergio Zveiter (PMDB-RJ), que votou por autorizar o Supremo Tribunal Federal (STF) a apreciar a denúncia contra o presidente. A expectativa é que a comissão vote a questão ainda nesta semana.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou esta semana que convocaria uma sessão do plenário para a próxima segunda (17) ou terça-feira (18) para analisar a denúncia. Ele sinalizou, no entanto, que vai aguardar um quórum bem alto para abrir a sessão. São necessários pelo menos 342 votos, do total de 513 deputados, para que a denúncia seja votada. 

"É uma posição pessoal do presidente Rodrigo Maia, e nós temos que nos resignar à posição do presidente", disse Padilha.


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