Decisão PSB rompe com governo, pede renúncia de Temer e defende Diretas Já Para a cúpula do partido, Temer não tem mais condições de continuar governando e deve abrir mão do cargo

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 20/05/2017 14:13 Atualizado em: 20/05/2017 18:42

Carlos Siqueira já tinha defendido, na quinta-feira, que Fernando Filho deixasse o ministério, mas não recebeu resposta. Foto: PSB nacional/divulgação
Carlos Siqueira já tinha defendido, na quinta-feira, que Fernando Filho deixasse o ministério, mas não recebeu resposta. Foto: PSB nacional/divulgação

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) anunciou, neste sábado (20), que vai romper com o governo Temer. A decisão veio após o vazamento de informações da delação premiada da JBS, que revelou uma gravação em que o presidente ouve várias confissões de crimes, cometidos pelo executivo Josley Batista, e não toma qualquer providência posterior a diálogo, que foi realizado no Palácio do Jaburu, no dia 7 de março. O PSB tem na Esplanada o pernambucano Fernando Filho, ministro de Minas e Energia. Desde a última quinta-feira (18), o presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, solicitou que ele entregasse o cargo, mas o ministro silenciou e manteve a agenda no dia seguinte.

A sigla também resolveu se posicionar a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), que antecipa as eleições diretas para presidente da República. Para a cúpula do partido, Temer não tem mais condições de continuar governando e deve abrir mão do cargo.

"O PSB tomará uma decisão de sugerir a renúncia do presidente, porque ele perdeu as condições de governar o país. Dentro desse ambiente de renúncia, que é uma decisão dele, pessoal, ou no caso de vacância do cargo, o PSB defende o respeito à Constituição, fortalecerá e fechará questão com relação à votação da emenda das Diretas Já", afirmou o secretário-geral do PSB, Renato Casagrande.

Repercussão em Pernmabuco 
Procurada pelo Diario de Pernambuco, a assessoria do governador Paulo Câmara afirmou que não iria se manifestar, porque o PSB já tinha se posicionado em nota.

O deputado federal Danilo Cabral afirmou ao Diario que a decisão do PSB reaproxima o partido do campo político defendido pela sigla. "Apoio 100% a decisão, porque reaproxima o PSB do campo político que a gente pertenceu e também das ruas", disse. Indagado se Fernando Filho deixaria o ministério, o parlamentar afirmou que a decisão tomada pela executiva exige, por tabela, a entrega do cargo. Ele afirmou que o PSB rompeu com governo Dilma por muito menos e, na época, quadros históricos, como Roberto Amaral, pediram desligamento do PSB porque se manteve leal ao governo petista. Fernando Filho não se pronunciou. O senador Fernando Bezerra Filho (PSB) também foi procurado pela reportagem e não deu retorno às ligações.



MAIS NOTÍCIAS DO CANAL