Diario Editorial: Um longo caminho a seguir

Publicado em: 23/05/2017 07:21 Atualizado em:

As exportações brasileiras ganham com a integração da economia com o resto do mundo. As medidas que vêm sendo adotadas pelos condutores da política de comércio exterior têm surtido resultados e os seguidos números positivos da balança comercial demonstram os acertos do setor. Depois de anos em que alguns acordos de livre comércio foram deixados em segundo plano, o país se empenha em sua reinserção no comércio global.

As diretrizes de intensificar as frentes de negociações comerciais com países de todos os continentes podem ser percebidas. No primeiro trimestre deste ano, as exportações cresceram 24,4% (as importações subiram 11%), em comparação com mesmo período de 2016, atingindo superávit de US$ 14,4 bilhões. A expectativa dos economistas é de que o comércio externo brasileiro encerre o ano com um saldo positivo de US$ 50 bilhões, o que pode contribuir para reforçar o combalido caixa do governo central.

Muito tem de ser feito para a extinção das barreiras burocráticas que dificultam o acesso de produtos nacionais ao mercado externo. É primordial um aumento da competitividade das exportações brasileiras, só possível com desburocratização das leis e das normas que regem as compras e vendas externas. Os entraves são muitos, o que desestimula empresários que almejam colocar seus produtos em outros países.

O aumento da competitividade é mais do que necessário, pois o mercado internacional exige não apenas qualidade e preços acessíveis, mas também o compromisso com prazos e previsibilidade. Logística eficiente e produção competitiva são fundamentais para maior participação do país nas trocas comerciais. Ao governo cabe a responsabilidade de se empenhar para a facilitação do comércio com outras nações. Só assim será possível diminuir a burocracia e reduzir os custos das exportações.


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