CPI
Presidente da CPI sobe o tom contra Catta Preta
Hugo Motta nega controle de Eduardo Cunha sobre a comissão, mas um grupo aliado dos dois tem constrangido os delatores
Publicado em: 01/08/2015 15:46 Atualizado em:
Hugo Motta disse que advogada usou jornal de rede nacional para se vitimizar. Foto: Laycer Tomaz/Agencia Camara/Divulgação |
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acompanha passo a passo os movimentos da CPI da Petrobras - acusada pela advogada Beatriz Catta Preta de fazer “ameças veladas” a ela a fim de intimidar a defensora e seus clientes, que acusam parlamentares de cometerem crimes na Operação Lava-Jato. Pelo menos é o que dizem alguns parlamentares da Casa. O principal canal do deputado seria o presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), indicado para o cargo pelo próprio Cunha. Ambos negam o controle, mas o grupo aliado do dirigente máximo da Câmara tem apresentado uma série de requerimentos para constranger delatores. Motta chegou a subir o tom e disse que há “indícios” de “alguns atos ilícios que Catta Preta tenha cometido no âmbito do processo da Lava-Jato”.
Ontem, os peemedebistas negaram qualquer ingerência sobre a comissão ou ameaças e, apesar da decisão do STF de impedir que a advogada revelasse dados dos clientes e de honorários, a convocação dela foi mantida. “O que estranho é uma advogada criminalista alegar ser ameaçada e não trazer nenhum fato concreto. E vir a um jornal de rede nacional querer usar a vitimização para esconder, talvez, alguns atos ilícios que tenha cometido no âmbito da Lava-Jato.”
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Os requerimentos da CPI foram derrubados no Supremo Tribunal Federal. Na quinta-feira, Catta Preta disse, em entrevista à TV Globo, que recebia “ameaças veladas” de integrantes da CPI, e que essa “pressão” aumentou após o novo depoimento de seu cliente Júlio Camargo - ele disse ao juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro, que Cunha lhe cobrou US$ 5 milhões de propina na venda de dois navios-sondas para a Petrobras.
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