GUERRA
UE pede pausa humanitária para vacinação contra poliomielite em Gaza
Vírus foi registrado na região em julho deste ano, após 25 anos sem casos da doença
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 29/08/2024 13:59
Homem escava enquanto crianças se reúnem em um ponto de distribuição de alimentos em meio aos escombros de edifícios destruídos durante o bombardeio israelense (Foto: OMAR AL-QATTAA / AFP ) |
A União Europeia (UE) apelou mais uma vez por uma pausa imediata no conflito na Faixa de Gaza para permitir a vacinação das crianças no território contra a poliomielite, após o vírus ter sido registrado na região em julho depois de 25 anos sem casos da doença.
Na terça-feira, o alto representante para a Política Externa da EU, Josep Borrell já havia apelado por um cessar-fogo humanitário de três dias para a imunização das crianças.
“A Faixa de Gaza tem estado livre da poliomielite nos últimos 25 anos, sendo considerado alarmante que o poliovírus tenha sido detectado e que o primeiro caso tenha sido confirmado novamente em julho", disse Borrell em um comunicado.
O chefe da diplomacia da EU destacou também a importância de se evitar uma epidemia entre uma população já debilitada por mais de dez meses de combates e deslocações, má nutrição, falta de serviços básicos de saúde e condições sanitárias deploráveis, assim como uma maior propagação a nível internacional.
O apelo da UE para uma pausa humanitária para vacinação em Gaza se junta aos pedidos já feitos pela Organização Mundial de Saúde e a Organização das Nações Unidas. O bloco comunitário informou a disponibilização de mais de 1,2 milhões de vacinas orais contra a poliomielite.
Além disso, a coordenadora da UE para o apoio humanitário em Gaza, Sigrid Kaag, pediu nesta quinta-feira muito mais ajuda para a população palestina diante de uma tragédia sem precedentes.
"Em Gaza estamos perante uma tragédia humanitária de uma proporção sem precedentes, pelo nível de destruição e sofrimento, de uma forma que ainda não conhecíamos no século XXI", afirmou Kaag, acrescentando que desde outubro do ano passado existem milhares de pessoas vivendo em tendas, sem o mínimo de condições sanitárias, e que estão sendo constantemente deslocadas.
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