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GUERRA NA UCRÂNIA

Rússia lança ataque massivo à Ucrânia em retaliação ao uso de armas ocidentais

A ofensiva teve como alvo a rede elétrica ucraniana em meio ao inverno rigoroso do país

Publicado: 13/12/2024 às 15:28

Desde o início da guerra, as forças russas alvejam o sistema elétrico ucraniano/foto: HANDOUT/Telegram /@ivan_fedorov_zp/AFP

Desde o início da guerra, as forças russas alvejam o sistema elétrico ucraniano/foto: HANDOUT/Telegram /@ivan_fedorov_zp/AFP


Desde o início da guerra, as forças russas alvejam o sistema elétrico ucraniano

A Rússia lançou hoje um ataque maciço contra a Ucrânia com dezenas de mísseis de cruzeiro, balísticos e drones. A ofensiva teve como alvo a rede elétrica ucraniana em meio ao inverno rigoroso do país. 

 

Moscou disse que a ofensiva de grande envergadura é a retaliação ao disparo de mísseis ATACMS norte-americanos contra território russo na quarta-feira (11).

 

"Em resposta à utilização de armas norte-americanas de longo alcance, as forças armadas russas realizaram um ataque maciço contra instalações críticas da infraestrutura energética e de combustível da Ucrânia, que apoiam o complexo industrial de defesa do país. O ataque foi efetuado com armas de longo alcance de alta precisão de origem marítima e aérea, assim como com drones de assalto para atingir instalações vitais na rede de energia. Os objetivos do ataque foram atingidos e todas as instalações foram atingidas", afirmou o Ministério da Defesa russo.

 

“O inimigo continua o seu terror”, reagiu o ministro da Energia da Ucrânia, Herman Halushchenko, acrescentando que funcionários do sistema energético estão trabalhando para minimizar as consequências dos danos.

 

"Foram lançados 93 mísseis, incluindo pelo menos um da Coreia do Norte", disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

 

Segundo Zelensky, 81 dos mísseis foram abatidos, 11 dos quais por caças F-16 que a Ucrânia começou a receber este ano dos aliados ocidentais. “Moscou está aterrorizando milhões de pessoas. É necessária uma reação forte do mundo; um ataque maciço, uma reação maciça. Esta é a única forma de acabar com o terror", disse, apelando à unidade internacional contra o líder russo, Vladimir Putin.

 

Desde o início da guerra, as forças russas alvejam o sistema elétrico ucraniano, o que tem resultado em repetidas interrupções dos sistemas de aquecimento e abastecimento de água potável durante os meses de inverno.

 

No entanto, o Kremlin saudou a posição do próximo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que declarou se opor ao uso de mísseis norte-americanos pela Ucrânia contra o território russo. "A declaração corresponde plenamente à nossa posição, e a sua visão das causas da escalada do conflito também está em linha com a nossa. É óbvio que Trump compreende o que causa a escalada da situação", elogiou Dmitry Peskov, porta-voz da presidência russa.

 

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