Rain26° / 27° C

ORIENTE MÉDIO

Teerã autoriza apenas seis candidatos a concorrer nas eleições presidenciais

Vencedor substituirá Ebrahim Raisi, morto em um acidente de helicóptero em maio

Publicado em: 10/06/2024 13:40

Último presidente do Irã, Ebrahim Raisi, morreu em um acidente de helicóptero em maio (Foto: Presidência do Irã/AFP)
Último presidente do Irã, Ebrahim Raisi, morreu em um acidente de helicóptero em maio (Foto: Presidência do Irã/AFP)
O Ministério do Interior do Irã anunciou que foram autorizados seis candidatos, a maioria conservadores, para concorrer às eleições de presidente no dia 28 de junho, que substituirá Ebrahim Raisi, morto em um acidente de helicóptero em maio.
 
O Conselho dos Guardiões da Constituição, órgão não eleito designado pelos conservadores e encarregado de supervisionar o processo eleitoral, validou estas candidaturas das 80 que foram apresentadas. 
 
Dentre os seis autorizados estão o presidente conservador do Parlamento, Mohammad Baqer Qalibaf, o presidente da Câmara Municipal de Teerã, Alireza Zakani, e Said Jalili, negociador ultraconservador de assuntos nucleares, além de Amir Hossein Ghazizadeh Hashemi, líder de extrema direita da Fundação dos Mártires, e Mostafa Purmohammadi, ex-ministro da Administração Interna. O único reformista na disputa é Massoud Pezeshkian, ex-ministro da Saúde e atual deputado do conselho da cidade de Tabriz, na região norte do país. 
 
Já o Conselho não aprovou a candidatura do populista Mahmud Ahmadinejad, que, aos 67 anos, tentava voltar ao cargo que ocupou de 2005 a 2013. O ex-presidente já havia sido impedido de concorrer novamente em 2017 e 2021. Outro veterano da República Islâmica, Ali Larijani, ex-presidente do Parlamento considerado moderado, também foi rejeitada. O Conselho dos Guardiões da Constituição não justificou as suas decisões.
 
Nas eleições de 2021, este órgão selecionou apenas sete dos 592 candidatos, desqualificando muitas figuras reformistas e moderadas. 

Somente 49% dos eleitores iranianos participaram nestas eleições, a menor adesão numa eleição presidencial desde a Revolução Islâmica de 1979.

Mais notícias

Acompanhe o Diario de Pernambuco no WhatsApp
Acompanhe as notícias da Xinhua